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Neópolis - Cidades do Velho Chico - 31

Estamos quebrados!

                                                 Landisvalth Lima
Além de termos o pior Dia das Mães desde 2003, outros indicadores já apontam que estamos em período de franca retração econômica. A queda na venda de veículos já beira os 30% e o desemprego chegará aos históricos 12% negativos em breve. O ministro da economia, o Levy, desconversa dizendo que está piorando para melhorar em 2016, mas não é bem assim. Com os juros chegando ao espaço sideral, o crédito está cada vez mais restrito. Sem crédito não há investimento e nem consumo. Sem consumo a arrecadação cai, o governo não investe no setor público e o resultado é também mais desemprego. Não precisa ser economista para concluir que 2016 será catastrófico. E os reflexos já estão por aqui.
Além da incompetência peculiar, o governo do PT da Bahia já não consegue pagar 69 construtores contratados para realizar 275 obras, em sua maioria em grupos escolares, em 129 municípios baianos. De acordo com o jornal A Tarde, 193 intervenções em unidades foram paralisadas porque as empresas não receberam recursos desde dezembro. As obras são de reforma e ampliação de escolas, postos de saúde, penitenciárias, entre outros. A dívida seria de cerca de R$ 200 milhões e a maior parte dos recursos seria do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, do Ministério da Educação (FNDEC/MEC), portanto verba federal. O governador Rui Costa, que adora inaugurar obras federais como sua, bem que poderia ir para a televisão dizer que o atraso não é de seu governo.
 Segundo a publicação, os proprietários das construtoras alegam que a resolução do caso ficou mais difícil devido à extinção da Superintendência de Construções Administrativas da Bahia (Sudab), com quem elas mantinham 105 contratos referentes a 197 escolas, é aqui é um problema baiano. Além da educação, existem 24 contratos de obras para a Secretaria de Saúde, 12 com a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização, seis com Segurança Pública e 36 referentes a outras edificações. Com a paralisação, mais de 80% dos cerca de 5,7 mil funcionários foram dispensados. O Ministério Público Federal investiga o caso e apura o atraso nas obras dos colégios estaduais Paulo Américo Oliveira, Abílio César Borges e Luís Tarquínio, todos situados em Itapagipe. Caso haja dolo ou culpa dos responsáveis, prejuízo ao erário federal, o órgão deve tomar as medidas cabíveis. Tomara! É salutar saber que a única coisa que evoluiu neste país foi o Ministério Público Federal. Será o MP estadual seguirá este bom exemplo?
Terceirizados na Bahia
Se algum terceirizado do serviço público na Bahia votou em Rui Costa, deve estar PT da vida. Na nossa região, o pessoal de apoio das escolas e demais órgãos públicos está há 4 meses sem salários. Isso não é trabalhismo, é escravismo. Alguns chegam a dizer que tudo é uma questão de necessidade e precisam ter paciência. Outros chegam ainda a defender o governo dizendo que pior é não ter o emprego. Ou seja, pior que ser escravo de uma ideologia é ser escravo do estômago.
Reeleição na pauta
Que o prefeito Idelfonso Andrade Fonseca é candidato à reeleição, até minha avó, que Deus a tenha, sabe disso. O problema é que a eleição pode ser para apenas dois anos de mandato, se a reeleição não cair. Se um mandato de 4 anos já é curto, imagine um de só dois anos. Não vale a pena para quem entra de primeira, mas não é tão ruim para quem deseja continuar. Até porque, para Ildinho, seria o fechamento de seu governo sem a perspectiva de um novo mandato. Se seria benéfico ou não para Heliópolis, vai depender do andamento das obras e dos projetos que estão sendo implantados na atual administração. Este ano de 2015 e os primeiros seis meses de 2016 serão fundamentais para justificar os dois anos do próximo mandato.
Buracos na estrada
Os maiores inimigos de Ildinho não são os adversários que torcem para o quanto pior melhor. Na sua estrada para a reeleição, caso seja permitido, Ildinho tem alguns buracos para tapar e eles foram feitos para alguns “amigos” de pescaria. É que tem gente que pensa que, por ser amigo do rei, não deve ser eficiente no seu cargo de confiança, ou não deve produzir satisfatoriamente, ou não precisa nem ir trabalhar ou ainda nem mesmo precisa dar satisfação a ninguém. São aqueles que acham que, uma vez no poder, podem tudo.
Mais um nome
Enquanto isso, na oposição, mais um nome surge na lista dos intermináveis candidatos. É que alguns acham que lançar um candidato seguido de outro representa força. No fundo pode ser ato de queimação de aliados. Depois do lançamento de Valdir do Bujão, Giomar Evangelista, José Mendonça e o próprio Gama Neves, este vice-prefeito e candidato natural, agora é a vez do vereador Doriedson. E a armação está sendo idealizada por Gama Neves. A ideia é lançar o nome para ver se “pega”. Em caso positivo, Gama seria o vice. Caso contrário, o vice-prefeito iria para a cabeça de chapa.
Do ruim ao pior
A Operação 13 de maio continua provocando problemas sérios na cidade de Fátima. Vários servidores foram demitidos, os pagamentos de serviços estão atrasados e deixando os cabelos do prefeito em exercício ainda mais brancos. Tudo isso gera grande insatisfação no povo e o que está ruim pode ficar pior. É que, em pesquisas sigilosas, nomes de políticos consagradamente oportunistas despontam nos primeiros lugares para cargos públicos em 2016. E mais, não há nomes de uma terceira via progressista. A transformação desejada fica cada vez mais distante. Parece que o eleitor ficará entre o feijão bichado e o feijão podre.
Operação ativa
Muita gente se diz decepcionada pelos resultados da Operação 13 de maio, que completa agora aniversário anual. Calma, gente! Tudo está seguindo os trâmites jurídicos. É que no Brasil as leis são benevolentes com os malfeitores. Até aqui, não se tem notícia de que tudo virará pizza. Pelo contrário. O Ministério Público está bem municiado e muita gente vai parar na cadeia. Certos ex-secretários é que vivem por aí a dizer que tudo terminará bem para os corruptos. Se eu fosse eles eu colocaria as barbas de molho, inclusive em processos que correm em segredo de justiça e que já estão em fase final, muitos deles frutos de denúncia da vereadora Ana Dalva.