Solenidade pelos 30 anos de emancipação |
Com vocação inquestionável para
o crescimento, a cidade de Heliópolis completou neste sábado, 11 de abril,
exatos trinta anos de emancipada. O município foi desmembrado de Ribeira do
Amparo em 1985. Da lá para cá, embora não com a velocidade que todos desejam,
Heliópolis vem se destacando e marcando presença cada vez maior na região do Semiárido
Nordeste II do Estado da Bahia. Esta data, pois, não deveria jamais passar em
branco e o prefeito de Heliópolis, Ildefonso Andrade Fonseca, preparou uma
série de eventos para comemorar a data. Além da aquisição de 4 novos veículos
com recursos da área da saúde, entregou escrituras públicas e diversas casas
populares, além da conclusão da pavimentação de várias ruas e avenidas.
Prefeito Ildinho, Santaninha, Secretários e Vereadores |
Heliópolis ainda carece da outorga
de um pesquisador na área de história para definir suas verdadeiras origens. Ninguém
sabe ao certo quando surgiu a povoação de origem porque, apesar de muito povoada
a região, não havia uma vila ou um povoado. Na verdade era um aglomerado de
fazendas com uma capela construída em 1911 pelo Padre Mendonça, pároco de
Cícero Dantas. Os fazendeiros próximos eram João Tavares, Balbino Torres, José
Umburana, Leopoldino Pereira, Virgulino, Pedro da Gama, Valentin e outros. Foi
também o Padre Mendonça quem denominou a localidade de Novo Amparo, seu
primeiro nome a partir da construção da capela. A cidade nasceu mesmo um pouco
mais ao norte da igreja, onde hoje é a Praça José Dantas de Souza.
Quatro novos veículos para a saúde |
Por volta dos anos quarenta, era
apenas uma rua com cinco casas. Uma delas era de D. Maria de Marcionílio,
proprietária da 1ª edificação construída por volta dos idos de 1930. Ficava
mais ou menos ao lado do prédio da Prefeitura Municipal. As outras quatro casas
ficavam localizadas ao lado da de Maria de Marcionílio e os seus proprietários
eram Felino Daltro, Juca de Ancelmo, Isaías e Ezequiel. O testemunho é dado por
José Cardoso Bispo (Zé Pequeno), que tinha oito anos na época e vendia lenha
para o restaurante de Dona Maria de Marcionílio. Ele saia da fazenda Poço para
abastecer de gravetos o fogão do único restaurante do local e parada quase que
obrigatória para tropeiros que cortavam a região em direção a Sergipe. “O resto
era tudo muito mato. Havia muitas fazendas. De povoação só a Pindorama, que
naquela época não passava de umas cinco casas também. Quem começou mesmo
Heliópolis foi uma mulher, Maria de Marcionílio”, afirma Zé Pequeno, hoje com
78 anos. A versão da denominação de “Pau cumprido” pode não ter relação com a
cidade, mas com a chegada dos primeiros fazendeiros. Pode ter sido na época em
que ainda não se tinha sequer um arremedo de povoação. Mas Zé Pequeno confirma
a questão da matança de boi debaixo de um grande cajueiro, feita por José
Umburana, embora reafirme que a primeira edificação foi feita por Maria de
Marcionílio.
Prefeito entrega escrituras e casas populares |
Com o passar do tempo, e o
aumento sempre crescente de circulação de pessoas na área, residências
começaram a ser construídas, dando origem ao povoamento de rápido crescimento. Enquanto
a Pindorama crescia lentamente, Novo Amparo, a pouco mais de dois quilômetros,
despontava como grande centro comercial. Em 1952, com a construção do Açude da
Pindorama, quando era governador o Dr. Regis Pacheco, a vida do povoado passou
a ser regada pelas águas da barragem. Em períodos de longa estiagem, era o
socorro das famílias. O açude só veio secar em 2011. Hoje está poluído e
causando desgosto nos seus moradores, já que foi o socorro de tantos e, agora,
é apenas água parada poluída.
Caminhada para a Missa em Ação de Graças |
Mas seu comércio se desenvolve e
tenta se recuperar da baixa qualidade da educação e das constantes crises que
afetam toda a economia do país. Diante de tantos problemas, o prefeito Ildinho
é um otimista convicto. Quase que em silêncio, vai fazendo transformações e
colocando a cidade na trilha do progresso. Exemplo é o PAMEH – Plano de Ações e
Metas da Educação de Heliópolis. No primeiro ano, já diagnosticou a origem dos
problemas que emperram a nossa educação. Este ano, as ações começam a corrigir
problemas localizados em todos os polos. Para isso, Ildinho conta com o
trabalho dedicado dos profissionais da educação. “O secretário José Quelton,
nossos diretores e os professores, tenho certeza, estão empenhados em corrigir
estes problemas e colocar a educação do nosso município entre as primeiras em
qualidade.”, disse o prefeito. Ainda na área da educação, é com orgulho que o
prefeito fala da Creche Proinfância. Com ela, certamente teremos menos
problemas na educação no futuro.
Padre João chega para a missa |
Na área da saúde, todos sabem as
dificuldades enfrentadas pelos municípios de pequeno porte. Eles sofrem mais
que estados e governo federal. Mas as coisas têm melhorado. A nova secretária
de saúde, a vereadora licenciada Ana Dalva, deu continuidade às metas
projetadas pelo secretário anterior, ex-vereador Renilson Alves. Foram
adquiridos quatro veículos 0 km para os postos dos PSF de Tijuco, Cajazeiras e
Riacho e para a Vigilância Sanitária. Além disso, Heliópolis tem uma nova casa
de apoio em Aracaju, em condições dignas para atender aos que se deslocam para
lá em busca de atendimento médico especializado. Ana Dalva luta ao lado do
prefeito Ildinho para colocar em breve médicos plantonistas todos os dias no
município. ” Assumi a cidade com o povo na espera por resultados que só
apareciam no papel. Agora, sei que o trabalho está mudando esta realidade.”,
afirma Ildinho. Além dos carros novos, outros 4, inclusive ambulâncias, foram
adquiridos desde o primeiro ano da administração.
Ildinho e Santaninha na missa |
Heliópolis vive um dos seus
melhores momentos também por méritos da sua administração. São dois anos
figurando na lista dos municípios adimplentes do CAUC. Mais que uma obrigação
dos administradores, tal procedimento permite a alocação de recursos dos
governos federal e estadual. Foi por isso que o município está com convênios
que permitem a chegada de quadras poliesportivas, ambulâncias, ônibus
escolares, caçamba, máquina de patrolagem, pá enchedeira e emendas para
calçamento e outros. Graças a isso, Heliópolis está tendo suas ruas Izaías
Ribeiro, José Serafim, do Campo, Francisca Alves, Emiliano Vicente, Mangabeira,
do Hospital, Luiz Gonzaga, João de Souza Sobrinho e as travessas Mangabeira, Izaías
Ribeiro e Pedro Batista Reis, recebendo calçamento, com inauguração prevista
para breve.
Barraca da Secretaria de Saúde |
Talvez seja por isso que estes
30 anos estão sendo muito bem comemorados neste sábado. O evento começou cedo,
com direito a desfile pelas principais ruas da cidade, protagonizado pelos
carros novos. Na praça batizada com o nome do seu emancipador, José Dantas de
Souza, em frente à Prefeitura Municipal, com direito a banda musimarcial e
canto de Adla e Eugênio, foram hasteadas as bandeiras com o canto dos hinos
nacional e do município, este ainda não oficial, de autoria do professor
Gilberto Jacó. Em seguida foram entregues as escrituras públicas e, logo
depois, as autoridades e o povo foram para a Igreja matriz do Sagrado Coração
de Jesus para celebração da Missa em Ação de Graças pelas três décadas de
vivência emancipativa do município, celebrada pelo padre João Maranduba.
Artesanato do Tijuco |
Ao longo da avenida 7 de
Setembro estão três barracas instaladas. Uma barraca é da Secretaria de Saúde.
Lá podem ser feitos exames de glicemia, tipo sanguíneo e medição da pressão
arterial o dia inteiro, com resultados imediatos. A secretaria também está homenageando
os primeiros agentes de saúde do município. As fotos são de João de Amélia, Lia
da Farmácia, Dona Isabel Pereira, uma das primeiras parteiras. Outra barraca é
do povoado Tijuco. Nela estão expostos artesanatos de alta qualidade do povoado.
A última barraca expõe trabalhos desenvolvidos pelas crianças do PETI, programa
administrado pela Secretaria de Assistencial Social do município.
Quer ver todas as fotos dos 30 anos de Heliópolis? Então clique aqui.
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