Landisvalth Lima
Eu não deveria escrever esse artigo
porque dizem que não adianta ajudar quem não quer ser ajudado. Mas fico
inconformado com a situação em que se encontra a Heliópolis FM. E também o faço
por se tratar de uma rádio comunitária. Na época da disputa pela conquista da
emissora, minha associação ficou com a segunda colocação. Tínhamos um
planejamento para transformarmos a emissora no veículo de comunicação mais
importante do nosso município. Como a associação vencedora pertencia à filha do
prefeito da época, o resultado todos já conhecem.
A força do rádio ainda é
importante, mesmo diante do avanço da Internet. Heliópolis hoje conta com o
Landisvalth Blog, O Impacto Jovem Blog, de Jorge Souza, O Falascocri, o Cheio
de Arte e vários outros temporários, além dos institucionais. Eles atendem
cerca de 3 mil internautas diariamente. Como se vê, não conseguem penetrar em
todos os ambientes do município de Heliópolis. O Rádio é este veículo que vai
onde o ouvinte está, daí sua importância e necessidade.
Ocorre que a Heliópolis FM,
talvez por ser a única da cidade, vem desprezando os seus ouvintes com
constantes e repetitivas falhas. Um certo dia, fui ouvir o horário eleitoral e
ele transmitia o horário eleitoral de Brasília. Não conto as repetidas vezes em
que o áudio do locutor está num volume consideravelmente alto e quando a música
é jogada no ar o volume é quase inaudível. Esta semana, vindo de Juazeiro, fui
marcando as cidades com rádio comunitária e comparando programação e qualidade.
Depois do povoado Farmácia, após às 19 horas, todas as emissoras estavam
ligadas na Voz do Brasil. A Heliópolis FM tocava um bregão daqueles e ainda
passava comercial.
E não fica só por aí. Eu nunca vi
uma programação mudar tanto. Muda-se de locutor como garota sapeca muda de
namorado. Vez por outra entra um bom locutor, com uma programação jornalística
até razoável. Quando a gente começa a gostar, o cara desaparece. Ninguém sabe
por quê. Aí fica difícil formar um público fiel. Eu mesmo sou fã do rádio. Além
da Heliópolis FM, ouço a Poço Verde FM, a Nação FM (de Fátima), a Buqueirão FM
(de Cícero Dantas), a Pombal FM, a Educadora FM (de Salvador) e a Liberdade FM
(de Aracaju). Raramente ouço problemas nestas emissoras, mas na Heliópolis FM
os problemas começam a irritar. Neste sábado (06), vindo de Poço Verde, e
ouvindo o horário eleitoral do rádio, quando entrou o sinal da Heliópolis FM no
alto da Serra da Vaca Brava, tocava música em som quase inaudível. Matei a raiva
ouvindo o CD do Forró das Gringas.