Cabergolina: único medicamento da Bahiafarma |
A obra do que seria o primeiro
laboratório público para produção de medicamentos no interior, projetada como
braço da Bahiafarma, está abandonada e não tem prazo para conclusão. Segundo
matéria do Correio desta quarta-feira (20), a construção de Vitória da
Conquista, no sudoeste baiano, é bancada com recursos dos governos federal e
estadual e foi anunciada em junho de 2011. Ela só foi iniciada, contudo, em
julho de 2013, em um terreno doado pelo município no Distrito Industrial dos
Aimorés, às margens da BR-116. No local, de acordo com a matéria, não há
movimento de operários nem de máquinas, apenas uma placa que informa o valor
empregado – cerca de R$ 600 mil – e o prazo de conclusão do projeto – que seria
em dezembro do ano passado. A assessoria da prefeitura de Vitória da Conquista
não respondeu quem seria responsável pela obra inacabada, o que seria feito com
o espaço ou se havia uma nova data de conclusão do prédio. A diretora-geral da
Bahiafarma, Julieta Palmeira, informou apenas que a unidade era uma iniciativa
municipal – apesar de, em 2011, ter sido anunciada pelo então secretário de
Saúde do estado, Jorge Solla, e o à época ministro Alexandre Padilha. Para
Solla e Padilha, a unidade de Conquista era parte dos planos do governo do
estado para reativar a Bahiafarma, estatal que produzia medicamentos para a
rede básica e que foi extinta em 1999, durante o governo de César Borges.
Apesar de ter sido anunciada em 2007 por Jaques Wagner, assim que ganhou as
eleições, a Bahiafarma só foi reativada em junho deste ano, quando foi
reinaugurada a unidade de Simões Filho. No entanto, a instituição só produz um
dos cerca de dez medicamentos inicialmente prometidos: a Cebergolina, indicada
para pessoas com distúrbios hormonais. Julieta disse não ter informações precisas
sobre quanto já foi produzido desde a abertura, mas explicou que “a previsão é
fechar o primeiro semestre com um milhão de pílulas para o ministério”.
Informações do Bahia Notícias.