Rui Costa, candidato do PT, não
foi para o debate
Da Redação do CORREIO
Candidatos revelaram as falhas do governo do PT na segurança pública (foto: Almiro Lopes) |
O candidato do PT, Rui Costa, não
apareceu no debate promovido ontem pela Ufba, sobre segurança pública, deixando
o caminho livre para os outros cinco candidatos falarem à vontade sobre a
gestão petista na área. A segurança pública é o principal calo do governo
Wagner, seu padrinho político, e os adversários não economizaram nos números e
críticas.
O democrata Paulo Souto comparou
o governo do PT com o seu próprio, que antecedeu Jaques Wagner. “A gente tinha
uma média de 2,6 mil homicídios por ano. Agora, a média é de 5 mil por ano.
Foram 37 mil homicídios nesses 7 anos de governo. Não é assim com os outros
estados”, disse.
Segundo ele, o problema da
violência não é por falta de investimento, mas por mau uso do dinheiro. Os
outros candidatos concordaram, e continuaram as críticas. “Tivemos um
agravamento na criminalidade em nosso estado. Não quer dizer que não se tenha
investido, mas esse investimento não conseguiu barrar a violência”, completou
Lídice (PSB). “É preciso valorizar os policiais. Vimos os policiais sendo
massacrados nessa última greve”, acusou Marcos Mendes, do Psol.
A candidata do PSTU, Renata
Mallet, seguiu a mesma linha: “Temos cinco cidades da Bahia entre as dez mais
violentas do Brasil. E a população negra é a que mais morre”. Sem o candidato
petista para esquentar o debate, o momento menos morno foi protagonizado por
Renata e Lídice, quando ambas falavam mal do PT. “Até pouco tempo atrás, o seu
partido tinha secretaria neste governo”, provocou Mallet, ao que Lídice
retrucou, arrancando gritos e aplausos da plateia: “Quem tem essa obsessão por
falar do PT são vocês, que eram todos do PT. Eu nunca fui”.
A ex-prefeita afirmou que só
apoiou a candidatura de Wagner em 2006 para derrotar o carlismo, mas disse que
o governador “demonstrou incapacidade”. O candidato Da Luz (PRTB) aproveitou
para falar do polêmico helicóptero do governador, que foi protagonista dos debates
na eleição passada. “O helicóptero gasta R$ 56 mil por dia”, lembrou. Ele
criticou as nomeações políticas para secretarias e prometeu transformar o
Palácio de Ondina (residência oficial do governador) em um museu.