por Samuel Viana –
Publikador.com
Já está chegando a hora de se
despedir da candidata Dilma, a 3ª pior média de crescimento da história
republicana do país está simplesmente a matando. Tal média, decorrente do fato
de que nenhuma reforma, como a Tributária, ter estado ao menos na pauta do
Governo, vem fazendo o brasileiro ter medo de alguns velhos monstros, como:
– a inflação que está acima do
teto (6,5%); e,
- o fato de a geração de
empregos em junho de 2014 ter sido a pior para o período nos últimos 16 anos.
Datafolha:
Uma pesquisa não deve ser
analisada olhando os resultados de hoje e imaginando que no futuro eles serão
iguais, deve-se entender as tendências e projetá-las no futuro.
Nos gráficos abaixo vemos uma
clara tendência de derretimento da candidata Dilma independente de quem seja o
candidato (Aécio ou Eduardo) no 2º turno. Hoje Dilma e Aécio já estão
tecnicamente empatados, a expectativa é de que em breve tanto Aécio quanto
Eduardo a superem.
Motivos para Aécio e Eduardo
continuarem crescendo:
O principal indicador é o fato
de que 88% dos eleitores conhecem muito bem ou um pouco a candidata Dilma, este
número cai para 43% no caso do Aécio e ‘despenca’ para 26% no caso do Eduardo
Campos. A expectativa é de que quanto mais gente passe a conhecer os outros
candidatos, maior seja suas intenções de votos.
É possível extrapolar que
próximo ao dia 5 de outubro os 3 candidatos tenham entra 20 e 30% das intensões
de voto.
O atual nível de rejeição à
candidata Dilma também é um ponto ‘assustador’ para sua campanha. Quando
perguntados “Em quem desses candidatos você não votaria de jeito nenhum no 1º
turno da eleição?”, os eleitores responderam:
- Dilma (13): 35%
- Aécio (45): 17%
- Eduardo (40): 12%
Dilma, visivelmente desgastada,
aparecerá no mínimo 10 minutos, todos os dias, na sua televisão. Há fortes
dúvidas se isso contribuirá positivamente ou negativamente à sua imagem.
Aécio ou Eduardo Presidente?
Inicialmente imaginava-se que o
candidato Aécio não seria capaz de derrotar Dilma. Apostava-se que Eduardo, por
ser mais forte no Nordeste, faria com que Paulistas e Sulistas estrategicamente
migrassem e se unissem em torno de sua candidatura (40), pois teria uma
probabilidade maior de ganhar.
Atualmente projeta-se que tanto
Aécio quanto Eduardo ganhariam de Dilma no 2º turno, sendo assim, tal migração
(Aécio > Eduardo) faz menos sentido.
Porém agora projeta-se um novo
cenário, sabendo que Dilma não tem mais chances de ganhar e imaginando que
Aécio será exaustivamente propagado como o ‘mal’, uma parcela dos eleitores de
Dilma tende estrategicamente a migrar para o 40 (Eduardo). Nesta situação, o
eleitor dela se indagaria: “Eduardo Campos ou Aécio Neves presidente? ”
O interessante de um 2º turno
entre Eduardo e Aécio é o fato de que tal debate tende a ser muito mais sobre
quais estratégias o país deva ter, ao invés de mera Propaganda do Governo. Como
o eleitor do Aécio também votaria no Eduardo, é possível imaginar uma nova
união popular em torno do Eduardo que tende a gerar um Governo de União. Um
governo em que partidos como o PR, PP e PTB teriam muito menos ‘poder de
barganha’.
Dilma estará no segundo turno?
A legislação diz que:
“§ 2º A substituição poderá ser
requerida até 20 dias antes do pleito, exceto no caso de falecimento, quando
poderá ser solicitada mesmo após esse prazo, observado em qualquer hipótese o
prazo previsto no parágrafo anterior.”
– Capítulo VII da resolução
23405
(tal resolução é 3 de abril de
2014 e o Relator foi o Ministro Dias Toffoli)
Caso seja evidente a derrota da
candidata Dilma, por que não tentar manter o poder e ‘ir de Lula’?
É evidente que Lula tem um
capital político superior ao da ‘criatura’, resta saber se ele conseguiria
desassociar sua imagem à dela (Dilma). Esse seria um grande fator surpresa,
imaginemos que a probabilidade para que isto ocorra é de 50%.
Como extrapolamos que os 3
candidatos (Dilma, Aécio e Eduardo) tenham entre 20 e 30%, vamos considerar que
probabilidade de haver uma migração em massa do 13 para o 40 seja de 1/3.
Então, através destes números é
possível considerar que Dilma tenha 66% de chances de nem chegar ao 2º turno.
Entenda a conta:
- Caso Lula seja o candidato,
Dilma não será candidata, logo, neste cenário, a probabilidade dela não estar
no 2º turno é de 100%. A probabilidade considerada deste cenário ocorrer é de
50%.
- Caso Dilma seja a candidata,
ela tem uma probabilidade de 33,33% de não estar no segundo turno. Este segundo
cenário também tem 50% de chances de ocorrer.
- Então: (1*0,5) + (0,5*0,3333) = 0,6666 > 66,66%
Em resumo:
- Dilma perde a eleição, tendo
66% de chances de não chegar ao 2º turno;
- Eduardo Campos (40) é a melhor
opção para o país, já que ele tende a promover um Governo de União, e não uma
mera União de Poderes (interesses próprios/setoriais), como vem ocorrendo, pelo
menos, desde os anos 80.