Landisvalth Lima
Tudo voltou a estar como antes. (Fotos: Landis Filho) |
Minha mãe dizia que se conhecia
o prefeito de uma cidade pela limpeza de suas ruas e a qualidade de suas
avenidas. Se isso for levado em conta, em Heliópolis, o prefeito Ildinho
Fonseca já está reprovado. Estamos no iniciar do seu 11º mês de administração e
a única obra feita pelo atual alcaide foi a recuperação do calçamento da parte
urbana da BA 393, que na sede leva o nome de Avenida Helvécio Pereira de
Santana. Também a via passa pelos povoados de Farmácia e Tijuco e, na passagem
urbana dos povoados, o asfalto dá lugar ao calçamento. Hoje, em vários locais,
não há mais calçamento. O custo desta recuperação inútil foi de mais de 100 mil
reais.
Parece que a principal função da
BA 393 é torrar recursos públicos. A obra realizada pelo Governo do Estado
começou com um custo de poucos mais de 9 milhões e foi concluída com mais de 18
milhões. Aproveitando-se da falta de informação do povo, o prefeito anterior
empenhou o calçamento da saída para Poço Verde como obra municipal, denúncia
feita pela vereadora Ana Dalva, num custo que ultrapassou os 150 mil reais.
Após a inauguração, o calçamento começou a afundar e a administração anterior fez
várias intervenções a custos consideráveis. Agora, o prefeito eleito Ildinho
Fonseca resolveu no início do mandato cuidar do problema de uma vez por todas e
fez licitação para reparos no valor absurdo superior a 100 mil reais, para
ficar tudo como antes.
A principal avenida da cidade continua deteriorada. (fotos: Landisvalth Lima) |
Muitos podem até afirmar que 100
mil é pouca coisa, café pequeno. Mesmo que o problema tivesse sido resolvido,
ainda o custo seria altíssimo. Como nada foi resolvido, 100 mil reais foram
jogados fora. Essa quantia seria suficiente para terminar o calçamento da
Isaías Ribeiro, comprar 04 veículos zero quilômetro para atender a comunidade, recuperar
com sobra a Praça XV de Novembro ou fornecer fardamento escolar completo (com
tênis) a mais de mil alunos. Pior é que está comprovado que, além da suspeita
de superfaturamento, está comprovada a ineficiência da empresa na realização da
obra. Para completar o drama, como é que a empresa é contratada e quem comanda
a obra é um funcionário de CC da prefeitura? Lá no Tijuco, o cabeça da obra foi
o ex-vereador Mundinho do Tijuco. Haja eficiência!
Mas temos que ser justos com
Mundinho. Onde houve recuperação a obra está do mesmo jeito ou pior. Também não
vamos culpar o secretário de obras, já que a empresa responsável fez o
trabalho. A desgraça está nos objetivos. A obra foi feita para resolver os
problemas do tráfego de carros ou do tráfico de propinas? Pelo jeito, a visão
aguçada do atual prefeito de conseguir exatidão no peso dos garrotes não está
servindo para fazer Heliópolis voltar a sorrir. Até a oposição, que estava numa
trégua meio morna, já dá sinais de falta de paciência. Na última sessão da
Câmara Municipal, Giomar e Mendonça começaram um revezamento na base do bate lá
que eu bato cá. E já ameaçam armas mais pesadas. Nos bastidores chegam a dizer
que a fé de Ana Dalva no prefeito não chega ao fim do ano.
Edmeia Torres animada
Com a abertura das inscrições
para concorrer aos próximos quatro anos como presidente do Sindicato dos
Trabalhadores Rurais de Heliópolis, Edmeia Torres protocolou sua chapa para
concorrer. Ela deve receber o nº 1. Até esta manhã, a outra concorrente
inscrita era a liderada por Juarez Carlos, ex-presidente da STRH, que deverá
ser a nº 2. O prazo de inscrição venceu hoje e mais uma chapa foi inscrita, a chapa 3, liderada por Mundinho do Tijuco, que disputava espaço com Marcinho. Logo após ser inscrita, a chapa sofreu sua primeira baixa com a renúncia de Marcinho. Este último, segundo afirmam, poderá apoiar a chapa nº 1. Dona Edmeia falou ao
Landisvalth Blog que está muito confiante, que não tem medo da disputa e não
tem dúvida da sua vitória. “Os problemas são os dirigentes que ficam
atrapalhando e impedindo o povo de tomar a decisão.”, disse. Dona Edmeia se
refere a um questionamento do advogado Joel sobre a idade de um membro da
chapa, representante da juventude. Uma resolução nacional fala que a idade limite
para participar é de 32 anos. Como a idade foi completada em maio, o advogado
insiste em dizer que ela tem mais de 32 anos. É que ele deve ter sido estudante
de uma faculdade diferente. Mesmo assim, a esposa de Joaquim Torres não se
cansa e está na luta, como sempre fez em toda sua vida de trabalhadora.
Edmeia Torres na luta pelo STR de Heliópolis. (foto: Landisvalth Lima) |
Merendeiras do estado em greve
Mais de 400 merendeiras que
trabalham em escolas da Rede Estadual de Ensino em Salvador estão em greve por
causa do atraso no pagamento dos salários. Por conta da falta de merenda, o
horário das aulas foi reduzido, já que cerca de 1,1 mil alunos estão sem alimentação.
Um dos casos registrados é o da Escola Nogueira Passos, no bairro da Pituba, em
Salvador, onde estudam 800 jovens. A Secretaria Estadual de Educação não
informou quantas unidades de ensino do Estado estão prejudicadas pela greve das
merendeiras. Sobre o problema com a Líder, a pasta informou que deve cancelar o
contrato e que todos os direitos das merendeiras vão ser cumpridos. Além disso,
acrescenta que está garantida a permanência delas na nova empresa que vai ser
contratada pelo governo da Bahia. Só que o problema é do governo e não da
empresa. (Bahia Notícias).
Roubaram ônibus escolares
Vinte ônibus escolares foram
furtados no pátio da Secretaria de Educação do Estado da Bahia no último dia 31
de outubro. Os criminosos levaram os tacógrafos dos veículos enquanto eles
estavam estacionados no Centro Administrativo da Bahia (CAB). De acordo com
informações da Secretaria de Educação, os aparelhos foram recolocados nos
veículos antes desta quinta-feira (7), quando 79 ônibus - incluindo os roubados
- foram entregues para prefeitos baianos. Os tacógrafos são usados nos veículos
para monitorar a distância percorrida, a velocidade e o seu tempo de uso. A
ocorrência sobre o furto dos equipamentos foi registrado na Delegacia de Crimes
Econômicos e Contra a Administração Pública. O inquérito está sob a
responsabilidade da delegada Maria Aparecida Guerra. (Correio)
Baianos ameaçados
Uma carta intitulada "aviso
para os baianos" circula nas redes sociais na última semana em tom de
ameaça aos baianos que moram em Brusque, em Santa Catarina. No documento, que
não é assinado, os moradores ameaçam matar os migrantes que, de acordo com eles,
"perturbam o sossego" da população local. A carta diz que Brusque foi
invadida nos últimos cinco anos "por migrantes de outros estados,
principalmente da Bahia, das cidades de Itabuna, Ilhéus e Buerarema". De
acordo com o documento, a maioria desses migrantes está "incomodando a
vida dos moradores locais fazendo um inferno como: ouvir música em alto
volume". O aviso diz que foi formado um grupo com 28 pessoas para
"dar um basta nessa situação". Eles alegam que fizeram um
levantamento e identificaram 34 carros e 22 motos de baianos, que, de acordo
com eles, são desordeiros. O grupo afirma também que guarda fotos dessas
pessoas. No alerta, os moradores dizem que pretendem "eliminar" essas
pessoas, matando os migrantes. A assessoria da Polícia Civil de Santa Catarina
disse que não foi registrado Boletim de Ocorrência (B.O) sobre o caso, o que
impede que a suposta ameaça seja investigada. (A Tarde)
Concurso de Heliópolis
Depois de o Poder Executivo
azucrinar a Câmara Municipal de Heliópolis, alegando prazo apertado para fazer
reformas na Lei que estabelecia as regras do Concurso Público, parece que a
SEPROD, da cidade de Alagoinhas, vencedor do certame licitatório, não está nem
aí para a questão do tempo. Quase um mês depois da licitação, nada acontece. Só
há um aviso de que será um dos próximos concursos da empresa e nada mais.
Parece que o desinteresse não é só da maioria dos políticos de plantão no
poder. Diga-se de passagem, a empresa foi a única a concorrer. Por conta da
demora, boatos de cartas marcadas começam a circular pela cidade. Até
telefonemas são feitos em busca de garantir a vaguinha com antecedência. O
vereador Mendonça chegou a dizer que sabe que o concurso será fraudado. A
vereadora Ana Dalva espera que tudo seja apenas boatos de rua. No fundo, tudo
isso é reflexo da insatisfação popular com o prefeito.