A Justiça baiana decretou, nesta terça-feira (7), a prisão de pelo menos dez integrantes da “Gangue do Faz-me-rir”, acusada de aterrorizar o município de Fátima, no nordeste da Bahia. A quadrilha, denunciada pelo Ministério Público Estadual (MP-BA), é acusada de praticar crimes como homicídio, sequestro e favorecimento à prostituição. De acordo com o promotor João Paulo Schoucair, os membros agem sob o pretexto de combaterem a criminalidade no município, mas, na verdade, “integram uma associação criminosa”, que, sob a chefia de João Batista, conhecido como “Batista da Funerária”, espalha o medo na região. O bando, valendo-se do uso de arma de fogo e de requintes de crueldade, investiga e pune aqueles que violam o “código de posturas” por ele promulgado. "Em 20 de dezembro de 2009, seis integrantes da ‘Faz-me-rir’ sequestraram dois adolescentes e, sob a mira de arma de fogo, ordenaram que eles ficassem nus e os espancaram, chegando a obrigá-los se beijar e a fazer sexo oral um no outro, a fim de que cumprissem a tal ‘legislação’ ", relata a promotoria. Outra vítima, também jovem, foi abordada na noite do dia 28 de janeiro de 2010, quando foi submetida a intenso sofrimento físico e moral. "Sabedor de uma infinidade de práticas criminosas perpetradas pelo grupo, o jovem apanhou tanto, com socos, chutes e pedaços de aço, que acabou no hospital, onde ficou internado durante três meses. Mas a intenção delitiva dos denunciados não foi consumada por circunstâncias alheias à vontade deles. Por isso, os criminosos, insatisfeitos com a resistência da vítima, esperaram que ela deixasse o hospital para novamente sequestrá-la e assassiná-la, chegando a dilacerar o seu corpo em várias partes", apontou o MP.
Informações: Bahia Notícias, do Samuel Celestino.