O título contempla a única possibilidade de explicação para o comportamento de Gama Neves na sua teimosa e legítima manutenção da candidatura a prefeito de Heliópolis. Teimosa porque sabemos que ele nunca foi uma liderança política de peso, a ponto de desafiar dois poderosos grupos. Se fosse uma candidatura de esquerda, vá lá. O esquerdista leva um balde de gasolina para apagar fogo. Mas a política de Gama é profissional, coronelística, carreirista, antiquada e preconceituosa, principalmente em relação ao PT. Ela é legítima porque é a única a representar o seguimento carlista, ou aleluísta, ou soutista, aqui em Heliópolis. Os pardais e os bem-te-vis nunca foram carlistas. Estavam. Gama teve até a oportunidade de voltar ao ninho que abandonou, mas não quis. Provou que, quando no velho PMDB, nunca foi esquerda. Estava. Rejeitado por todos os grupos, equilibra-se nos nomes de Toxó, Tonho de Belo e Senhor de Alfredo, as últimas lideranças que ainda o ouvem. Mas por eles Gama não tem nenhuma consideração. Cego, leva para o túmulo três pessoas que não o abandonaram, sejam eles quais forem os motivos. Gama Neves odeia Toxó, odeia Antonio de Belo e Senhor de Alfredo também. Sabe ele que não há milagre que o faça ganhar esta eleição. Não fará um vereador sequer e levará consigo os amigos ao fracasso. Se fosse a opção dos três, tudo bem! Mas não é. Valtinho de Toxó vive chorando pelos cantos porque sabe que está encerrando a carreira, se tudo continuar como está. Se Gama gostasse de seus seguidores não os levaria ao cadafalso. Para completar, o prefeito Zé do Sertão está oferecendo a vice-prefeitura a Toxó, proposta inclusive feita por Landisvalth e Ana Dalva. Se aceitasse, Gama estaria sepultando definitivamente o grupo dos pardais e salvando Antonio de Belo, Valtinho e Senhor de Alfredo. Esta é a verdade. Não aceitá-la é mentir e acreditar na própria mentira.
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