Aldemário foi espancado em Antas |
Um tiroteio entre integrantes de
facções políticas rivais causou ferimentos à bala em cinco pessoas na madrugada
desta sexta, 28, na localidade conhecida como "Casas Populares", na
cidade de Antas. Um dos feridos é sobrinho do
presidente da Assembleia Legislativa do Estado, Marcelo Nilo (PDT). Todos foram
medicados e estão fora de perigo. O tiroteio teria começado durante uma
passeata de um dos dois grupos que disputam a prefeitura do município. Os
candidatos são Valdevino Nunes (PDT) - ligado ao deputado Marcelo Nilo - e Wanderlei dos Santos Santana (PP), dois
partidos da base de apoio do governador Jaques Wagner (PT). Os dois estão
disputando voto a voto a eleição.
Três dos feridos são ligados ao
candidato Valdevino. O deputado Nilo lamentou o episódio. "É um absurdo
que a briga política tenha chegado a esse ponto", disse. Por causa do
clima tenso, o próprio Nilo requisitou mais segurança ao governo da Bahia, que
enviou nesse sexta para Antas um major e mais 27 soldados. Eles vão se juntar
aos cinco policiais da delegacia local que abriu inquérito para investigar o
caso. Wagner deve visitar o município no domingo para pedir voto em favor do
candidato Valdevino Nunes.
Histórico
O tiroteio ocorrido está longe de
ser o único fato violento desta eleição em Antas. O candidato a vice-prefeito
de Antas, Luis Eumar Nilo (PDT), é acusado de espancar, no dia 27 de Agosto, um
adversário político na localidade conhecida como Nova Anta. O pedetista, que é
irmão do presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, deputado Marcelo Nilo
(PDT), integra a chapa do postulante a prefeito Valdivino Nunes, seu
correligionário, que disputa com Wanderlei Santana (PP), nome indicado pelo
atual gestor, Agnaldo Félix (PP), o comando do município do nordeste baiano.
Conforme consta no Boletim de Ocorrências (B.O.), registrado no dia posterior na
Delegacia Circunscricional de Antas, Aldemário Alves de Matos, de 53 anos,
ouvia em seu carro o jingle do pepista, quando Nilo e mais dois homens,
conhecidos como “Carlinhos Nilo”, primo do político, e “Ramirinho”, partiram
para cima da vítima, quebraram o retrovisor do veículo e deram início à sessão
de pancadaria. De acordo com relatos de testemunhas, anexadas ao B.O., durante
a confusão, Ramirinho ainda puxou um revólver e passou a agredir a vítima com
coronhadas. “No momento da briga muitos populares curiosos se aproximaram, mas
quando Carlinhos sacou o revólver todos fugiram das proximidades”, contou a
moradora Vivalda Batista, em seu depoimento.
Com informações do Blog do
Joilson Costa, jornal A TARDE (Reporter: Biaggio Talento) e do Tabocas
Notícias.