País vive mais uma atrapalhada de Bolsonaro. Agora é a suspeita sobre sua provável vacinação. (Foto: O Globo)
Não precisamos mais ter provas de que este país faz tudo pelos poderosos encastelados no poder. É fato. Entretanto, um governo chegar ao ponto de fraudar um cartão de vacina, é demais! Por aqui há dinheiro falso, remédio falso, médico falso, político falso, boleto falso, processo falso ou indevido, mas para salvar a mentira de um poderoso chegaram a falsificar os dados da vacinação de pessoas. Pelo menos é isso que a Polícia Federal suspeita: o cartão de vacinação contra a Covid-19 de Jair Bolsonaro foi provavelmente fraudado pelo esquema investigado na Operação Venire, o que teria permitido suas viagens aos Estados Unidos desde novembro de 2021.
Afinal, como ele conseguiu entrar no país dos gringos por três vezes? A primeira delas foi para a 9ª Cúpula das Américas em junho de 2022, onde se encontrou com Joe Biden em uma reunião bilateral. A segunda foi em setembro do mesmo ano, quando viajou novamente para discursar na Assembleia Geral da ONU em Nova York. Por fim, em seu penúltimo dia de mandato, em dezembro, ele voou novamente para Orlando, onde permaneceu até março deste ano, temendo ser alvo da PF. O que temia aconteceu, mas por causa de uma falsa vacinação, já que a esposa jura que somente ela foi vacinada na família.
Registros da Controladoria-Geral da União indicam que Bolsonaro teria sido vacinado em julho daquele ano com uma dose da Janssen, dois meses antes de sua viagem para Nova York para o encontro de autoridades globais da ONU. Curioso é saber que o homem responsável pela difusão da Cloroquina como remédio da Covid-19, que fez tudo o que pode para impedir o distanciamento social, que foi o responsável por milhares de mortes na pandemia possa ir hoje para a cadeia por ter falsificado o seu cartão de vacinação. Se isto não for coisa de um País das Bruzundangas, não se sabe mais o que é. Enquanto isso, Lima Barreto deve estar se contorcendo de rir no seu túmulo.