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Carinhanha - Cidades do Velho Chico 22

Capítulo final - Do Sertão ao Centro-Oeste. De Montes Claros a Heliópolis, 1.100 kms num só dia!

E então chegamos ao último episódio da série Caminhos do Brasil – Do Sertão ao Centro-Oeste. Queríamos agradecer a você que nos apoiou com seu like, fazendo sua inscrição no canal Contraprosa, e também enriquecendo este obra com seus comentários. Fizemos o possível para responder a todos e ficamos contentes com os novos inscritos de regiões por onde ainda não passei. Esta viagem, que se encerra agora saindo de Montes Claros, em Minas Gerais, terá seu dia mais longo. Teremos que estar na nossa cidade hoje ainda, dia 20 de setembro de 2022. Saímos da Pousada e Restaurante Irmã Beata às 4 horas da manhã. Teríamos que percorrer mais de mil quilômetros até Heliópolis, no Nordeste da Bahia. Enfrentaríamos o sobe e desce das estradas mineiras e o intenso tráfego de caminhões na BR-116, na Bahia. Em se tratando de estarmos em um Mobi Like, a tarefa não seria nada fácil.

E seguimos pela rodovia Júlio Garcia – a BR 251. Das cidades registradas nas placas da estrada ficava apenas o gosto da rápida passagem. A primeira foi Francisco Sá, município que teve suas terras desmembradas de Montes Claros e Grão Mongol. Seu nome é uma homenagem ao engenheiro e ministro de Viação e Obras e hoje habita cerca de 30 mil almas.  Mais adiante passamos ao lado do Parque Nacional Grão Mogol, área de preservação mineira da Serra da Bocaína, ou Serra Geral, com uma área de mais de 28 mil hectares, local que merece um dia uma visitação. Seguindo ainda pela 251, chegamos a Salinas com água na boca. Não tivemos condições de provar o seu requeijão ou sua carne de sol. Fica para uma outra oportunidade. A cidade é bem desenvolvida e chegou aos 45 mil habitantes, com comércio desenvolvido e forte agricultura familiar. Depois de Salinas, percorremos pouco mais de 100 kms para chegar à BR 116. Do entroncamento das duas Brs para Divisa Alegre, último município mineiro antes da Bahia, restavam apenas 20 kms.

De Divisa Alegre, em Minas, a Cândido Sales, na Bahia, são 25 kms. Este município de 25 mil habitantes, localizado no Sudoeste baiano, está às margens do Rio Pardo, curso de água que nasce em Minas Gerais, cruza o Sudoeste da Bahia e vai desaguar no Rio Salsa, a poucos quilômetros de Canavieiras e do Oceano Atlântico. Mas a jornada segue firme e, 90 kms depois, já estamos em Vitória da Conquista, a maior e mais importante cidade do sudoeste da Bahia e a 3ª mais populosa do estado. De 1780, com apenas 60 casas, até 2023, com 350 mil habitantes, a cidade que teve o arraial fundado por João Gonçalves da Costa, merece muito mais que uma simples citação numa rápida reportagem como esta. Foram tantas as vezes que passamos por Vitória da Conquista, mas nunca tivemos tempo para um dedicado registro da cidade. Ainda o faremos em breve.

Mais adiante, 45 kms depois, chegamos a Planalto, município cortado pela BR 116 e que nasceu de um quilombo, chegando a ser conhecido como arraial dos Pretos. Hoje já conta com 27 mil habitantes e se encontra em pleno desenvolvimento. Pertinho de Planalto, cerca de 20 kms, foi a vez de Poções. Este próspero município tem uma população de 50 mil habitantes e é de suma importância para o desenvolvimento da região. A cidade parece estar localizada numa bacia, ficando o centro da cidade na parte mais baixa. Mais 45 kms depois e estamos em Manoel Vitorino, município de 15 mil habitantes com o nome do ex-governador e ex-vice presidente do Brasil. Percorremos mais 37 kms e chegamos a Jequié, município que tem nome de armadilha para peixe. Isto mostra sua relação umbilical com o rio que corta a cidade, o Rio de Contas. Como ocorreu em Vitória da Conquista, Jequié nasce nas terras de João Gonçalves da Costa, fazenda Borda da Mata, e depois chegou até a virar capital da Bahia. Também sofreu com as enchentes do Rio de Contas, mas isso nunca impediu seu crescimento. Hoje Jequié chega aos 160 mil habitantes e continua crescendo. Merecia até um programa exclusivo. Vamos fazer.

Seguimos por 140 kms sem cidades/sedes, mas passando por vários distritos. O destaque fica para a Pedra da Boca, município de Itatim. Não tem quem não se impressione com aquela formação rochosa às margens da Br 116, como que a pedir o alimento do seu olhar. O território pertence ao município de Itatim, que fica próximo à BR, na margem direita norte, afastada uns 2 kms da pista e distante 7 kms da Pedra da Boca. Itatim tem cerca de 15 mil habitantes. Daí em diante são mais 60 kms até Santo Estevão, município do vale do Paraguassu, com 60 mil habitantes e um dos municípios mais urbanizados da Bahia. De Santo Estevão para Feira de Santana são 40 kms e a trafegabilidade melhora bastante. É que a pista passa a ser dupla logo depois da passarmos sobre o Rio Paraguassu. A passagem por Santo Estevão está bem menos complicada e os 40 kms até Feira passam num pulo.

De Feira de Santana em diante não mais interessam a esta série porque já retratamos a BR 116, de Feira até Tucano, passando por Santa Bárbara, Serrinha, Teofilândia, Araci, Jorrinho e Jorro, em outro vídeo. Também já temos trabalhos feitos sobre Ribeira do Pombal, na BR 410/110 e sobre Heliópolis e BA 193. Além do mais, quase todo o trecho foi feito durante a noite e as imagens não são adequadas para este encerramento. Vale acrescentar que concluímos todo o percurso com sucesso, sem nenhum problema. Chegamos exatamente às 22 horas em Heliópolis, depois de 1.109 kms percorridos. Tanto esforço merece uma inscrição neste canal, um like e um comentário, não é mesmo. Obrigado por assistir a mais este vídeo. Em breve começaremos nova temporada de Caminhos do Brasil, mas ainda não decidimos o trajeto. Informaremos em breve. Um abraço e até uma outra oportunidade.