Altos salários I
Na sessão da Câmara Municipal de Heliópolis, na última segunda-feira (03) a expressão mais ouvida foi “fake News”. Em nota distribuída nas redes sociais e em discurso no tribuna da Câmara, os diretores e diretoras acusados de receber altos salários em Heliópolis preferiram a tese da acusação ao acusador. A culpa é da oposição que espalha falsas notícias nas redes sociais.
Altos salários II
O problema de acusar o acusador de mentiroso é que muitos não provam que a coisa denunciada é mentira e acabam mentindo. De fato, os diretores de escola em Heliópolis ganham aqueles valores, próximo dos dez mil reais. É fato! E qual o problema? Nenhum. Há alguma irregularidade? Nenhuma. Ocorre em Heliópolis o que estamos acostumados a ver no Brasil: tentar desviar o foco dos reais problemas. As desgraças de Heliópolis são tantas e os críticos do prefeito acabam contribuindo com a ineficiência do alcaide criando erros onde nunca existiram.
Altos salários III
Um salário-mínimo no Brasil é 1.320 reais. Um diretor escolar em Heliópolis ganha em média 7,5 salários-mínimos. Para isso teve que estudar anos e ter a sorte de participar de um plano de carreira. Todos os dias sua missão é lutar contra a ignorância. Um médico tem um salário médio de 12 mil reais, já o diretor de uma unidade hospitalar de porte médio (que não temos por aqui) chega aos 50 mil reais. Um prefeito ganha 12 mil, sem considerar as diárias. Um deputado chega a 36 mil, sem os benefícios já conhecidos. É possível ter um prefeito ou deputado semianalfabetos. Bastam ler alguma coisa. Professor, Médico e tantas outras profissões, precisam estudar para tal. Acabar com a ignorância e salvar vidas requerem conhecimento. Para ser político basta apenas lábia. É só uma comparação tupiniquim.
Altos salários IV
Ou seja, estamos focando onde não há problema! Quem vai gritar pelos 450 reais recebidos pelos que trabalham na limpeza pública da cidade? Nosso problema está nos baixos salários pagos, na falta de emprego, na ignorância, na idolatria a políticos, na briga provinciana de passarinhos, na compra de votos, na eleição de incompetentes para cargos públicos, na corrupção desenfreada em todas as instâncias de poder! Deixem os salários dos diretores em paz! Eles conquistaram isso e não estão lá por acaso ou falcatrua! Cobrem deles a melhoria do ensino. Por exemplo, questionem aos diretores o porquê ainda de nem mesmo discutirem a implantação do ensino fundamental integral em Heliópolis. Questionem deles por que ainda há estudantes indo para o ensino médio sem conseguir interpretar um pequeno texto ou fazer as quatro operações matemáticas!
Abelardo de Caxias
O vereador Aberlado de Caxias, presidente da Câmara Municipal de Cícero Dantas disse uma frase curiosa numa sessão da semana passada em Cícero Dantas. Na tentativa de defender o trabalho dos vereadores, disse que “quem traz a ruindade do vereador é o povo”. Nada de novo disse o vereador. Na verdade, ele apenas está colocando em prática a velha história de o problema sempre estar com o outro. Ninguém faz uma reflexão para admitir onde errou. Os culpados são os outros! Já o vereador Márcio Amaral disse que a falta de iluminação em várias localidades de Cícero Dantas nunca foi falta de material, mas falta de boa vontade da administração municipal. Nas localidades de Lagoa e Trindade, o problema está sendo corrigido por causa da realização de uma cavalgada particular. Quando interessa a alguém influente, a coisa anda. E nem precisa Abelardo dizer que a ruindade do prefeito quem faz é o povo.
Ricardo I - o insatisfeito
O deputado federal Ricardo Maia está insatisfeito com o governador Jerônimo Rodrigues. Os motivos, segundo o Blog do Joilson Costa, foram as nomeações para cargos políticos que ainda não foram atendidas e a falta de equipamentos do governo em nossa região. Ricardo Maia nunca foi amigão assim de Rui Costa e parece repetir a dose com Jerônimo. Algum tempo depois, para amenizar, tascou uma foto com o governador no dia do aniversário do mandatário baiano. mordeu e assoprou!
A era dos massacres!
De repente, como um milagre, aparecem as soluções para os assassinos malucos que temos soltos por aí. Num país sem projeto algum para melhorar a vida da sociedade, toda solução parece estar na criação de leis e proibição de coisas. Para resolver o problema do preconceito, querem o fim da palavra maldita; para acabar com os malfeitores, querem o aumento das penas. Esquecem que é preciso mudar a cultura da violência como solução para os problemas. Uma boa campanha publicitária já seria um começo. Num país onde boa parte da população conseguiu dizer que Dilma sofreu golpe, Lula é tão inocente quanto Cristo, Bolsonaro é um mito e a Coca-Cola é o melhor refrigerante, ficará bem fácil convencer a população que a educação é a melhor saída para controlar os descontrolados. As quatro crianças mortas a machadinha, na creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau, é tragédia que se repetirá enquanto o ódio for o nosso norte.
