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Neópolis - Cidades do Velho Chico - 31

Jovem de Heliópolis é morto no Poço Verde Fest

João Daniel Jesus Santos foi assassinado no 1º dia do Poço Verde Fest. (Foto: Facebook pessoal, em 2019)

Estamos em tempos tenebrosos. O irracional está com o controle remoto nas mãos e apertando o botão da morte. Mal 2023 começou e já se tem mais uma trágica notícia, mas não da morte natural depois de tempos de vivência, afinal, ela chegará para todos nós. O irracional do controle está matando os nossos jovens. Para isso ele conta com o auxílio do ódio e da incompetência.

Quem não gosta de ir a uma boa festa? Pois começou o Poço Verde Fest! E na sua primeira noite já temos uma tragédia: 1 morto e um ferido. O morto foi o jovem João Daniel Jesus Santos, filho de Adriana e Gidelson, morador do bairro Santos Dummont, em Heliópolis, nascido em 24 de junho de 2003, nesta cidade. O motivo direto da morte deste rapaz foi o ódio. Certa época ele tivera uma divergência com o seu algoz, que prometeu vingança. Neste sábado (21), na 1ª noite do Poço Verde Fest, a vingança foi cumprida. O assassino, ainda sem o nome revelado pela polícia, tirou a vida de João Daniel em frente ao Banco do Estado de Sergipe – Banese, com uma única facada e ainda esfaqueou outro, que está hospitalizado em estado grave.

O segundo motivo da morte é indireto: é que não havia revistas na entrada da festa, apesar do número considerável de policiais. E antes que digam que a culpa foi da Polícia Militar, a PM não organiza festas. A facada que matou João Daniel não foi desferida pelos organizadores do evento, mas a falta de revista na entrada permitiu que muitos entrassem armados, carregados de ódio e com sede de vingança. Espera-se que no segundo dia a falha seja corrigida. Embora ninguém mais possa trazer de volta a vida de João Daniel, outros jovens como ele, movidos pela corda bamba do comportamento adolescente, possam desejar se divertir numa festa e voltar para casa para dormir normalmente.

A morte de João Daniel deixou seus pais arrasados, como não poderia deixar de ser. Entretanto, ela serve de alerta porque vivemos tempos inimagináveis. As pessoas estão indo para as ruas pedir para viver numa ditadura, usando redes sociais para defenestrar pessoas e autoridades, até ameaças de morte estão sendo divulgadas como se fosse uma atividade comum da vida. Invadem órgaos públicos, quebram tudo e exibem nas redes sociais como troféu! Está tudo uma loucura! Muitos deixaram de ter ódio da corrupção, do roubo, mas tem ódio do amigo ou do vizinho. O ser humano perdeu o valor na nossa sociedade. Caso as autoridades não entendam isso, só nos restará contar mais cadáveres no futuro.