Jaci de Silvino atirou e Doriedson retornou. Vão acertar?
Bolsonaro
investigado?
A
CPI da Covid-19 do Senado Federal está discutindo seriamente a possibilidade da
inclusão do presidente Jair Bolsonaro no rol de investigados. A medida é controversa. Especialistas se
dividem quanto à possibilidade de uma CPI ter o poder de convocar ou investigar
o presidente da República. Internamente, os integrantes da comissão querem
obter um parecer da SGM do Senado autorizando esse tipo de procedimento, segundo
noticiou o portal O Antagonista. Além disso, uma comissão de especialistas em
Direito indicados pela CPI deve fazer um parecer ao longo dessa semana sobre as
investigações contra o presidente da República. O parecer deve ser entregue até
a próxima sexta-feira.
Um
estranho estranhamento
O
vereador Edson Didio, de Poço Verde-SE, passou a semana toda matutando e
tentando descobrir o que havia acontecido com a bancada de sustentação do
prefeito Iggor Oliveira na Câmara daquele município. Despertou a atenção ver o
vereador Jaci de Silvino dizer, em alto e bom som, que havia um secretário do
município que recebia na função sem se licenciar do cargo na Prefeitura
Municipal de Heliópolis. Até o adesista Gilmário Família deu suas estocadas no
alto escalão. A questão é interpretar bem o recado. Este povo não dá pingo sem
nó. Vamos ver nas sessões seguintes se o tiro vai gerar uma guerra ou será
apenas fogos juninos no salão dos forrozeiros do poder.
Urgência
urgentíssima
A
postagem de Ana Dalva e Edson Didio, alertando para o acúmulo ilegal de cargos,
causou certo frisson, aumentando a temperatura das cadeiras dos cargos
comprometidos. Foi uma corrida a busca de regularizações que mais parecia entrega de documentação para aprovados em concursos. Um secretário, que tem bom
trânsito em diversos grupos políticos, foi encarregado de levar o balde de água
para apagar o fogo, que ainda arde. A grande pergunta de um milhão de dólares
é: o que farão Ana Dalva e Edson Didio com informações tão impactantes? Será
que os edis sabem o número do telefone do Ministério Público?
Mais
cloroquina
Não
haverá necessidade de se buscar provas contra Bolsonaro, no que se refere ao
uso de remédio ineficaz contra a Covid-19. Em maio de 2020, numa live para a
revista IstoÉ, o empresário Carlos Wizard admitiu que recebeu uma missão do
então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, de acompanhar todos os contratos com
grandes fornecedores de medicamento. Disse o bilionário, com toda pompa, que o
Brasil logo estaria “forrado“ de cloroquina. Esta é a única CPI que prova a
covardia das instituições públicas de cassar um presidente. Provas nunca
faltaram.
Copa
Covid-19
Um
balanço divulgado pela Conmebol nesta segunda-feira (21) informou que o número
de participantes da Copa América infectados pela Covid subiu para 140. No
último relatório da entidade, que saiu na quinta-feira (17), foram confirmados
66 casos. Embora não tenha detalhado quem, como, onde e por quê, em nota, a
confederação apenas disse que a maioria é formada por trabalhadores, membros de
delegações e funcionários terceirizados.
Doriedson
de volta
Após
o discurso que abalou as estruturas pardaisanas do poder em Heliópolis, o
vereador Doriedson Oliveira apareceu na última sessão do semestre da Câmara
Municipal. Até aqui, nenhuma novidade. Ainda não dá para saber se as rachaduras
foram recuperadas ou se comprometeram as vigas de sustentação do edifício
administrado pelo síndico José Mendonça. Só o tempo vai dizer. A única coisa
certa é saber que, às vezes, o perigo do rompimento não está na viga rachada,
mas, talvez, naquela que se mostra bem pintada e convidativa.
Vacina
caríssima
A
irritação de Jair Bolsonaro esta semana, em parte, é por causa da descoberta da
CPI pelo fato de o governo brasileiro ter feito a compra da vacina Covaxin após
rápida negociação e a um preço quatro vezes maior, por exemplo, que a
AstraZeneca. Além disso, até hoje as vacinas não foram entregues e a Anvisa
sempre colocou suspeita sobre sua qualidade. O presidente da Precisa
Medicamentos, Francisco Maximiano, que intermediou a compra, teve sigilos
quebrados pela CPI. O diabo vai ser explicar como comprar algo tão caro sem
aprovação da Anvisa, de forma tão rápida, depois de ignorar, por 81 vezes, os
apelos da Pfizer, bem mais barata e mais eficiente.