Poucas & Boas: A ditadura sonhada fora da ordem!
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Jair Bolsonaro sonha todos os dias com cenas como esta. (Foto: Descomplica) |
É fato. Jair Bolsonaro dorme
todos os dias sonhando ser um ditador. Ele nem mais consegue disfarçar. A
demissão de Azevedo e Silva foi mais uma porta que se abriu para que as Forças
Armadas fique de joelhos ante o capitão. Bolsonaro percebeu que o general Braga
Netto pode fazer no ministério da defesa o papel de convencimento ao
alinhamento das forças militares ao jogo de poder. Ocorre que, apesar do
ambiente contaminado pela política, há uma resistência dos comandantes de
embarcar numa loucura de um antigo membro, que foi expulso da corporação
exatamente por promover um atentado. Está muito longe de Bolsonaro concretizar
seus sonhos em realidade, mas ele nunca desistiu.
Vitória do Centrão
Muita gente ainda não sabe o
valor ou grau de importância do cargo que foi assumido pela deputada Flávia
Arruda. A secretaria de governo é o ministério que cuida do caixa do governo,
que prepara os famosos projetos de lei que abrem crédito suplementar no
orçamento, que libera os recursos para os demais ministérios, que libera
pagamento de emendas e das quotas extras para os deputados e senadores, que
libera as pautas e orientações do governo junto ao Congresso Nacional. Em suma,
Arthur Lira está com a chave do cofre o governo Bolsonaro e lá está uma
deputada de primeiro mandato, esposa de um experiente corrupto. Está tudo
dominado pelos larápios!
Doença do poder
Um vereador ligado ao
prefeito José Mendonça cometeu o disparate de querer controlar o que dizem os
vereadores da oposição. Segundo ele, os colegas têm que silenciar sobre
determinado fato acontecido no atual governo porque não bradaram aos quatro
cantos quando isso acontecia no governo anterior. Isto ocorreu após a vereadora
Ana Dalva apontar problemas relacionados à remoção e lotação de servidores, bem
como a questão das ruas em plena escuridão. Mal comparando, é como se a
oposição exigisse de um vereador governista que criticasse o prefeito atual
porque ele criticou o governo anterior. Coisa de vereador de situação que não
tem nada o que mostrar da atual administração.
Pintando o sete
A estratégia adotada pela
prefeito José Mendonça parece ser o silêncio. O presidente da Câmara de Vereadores
está no mesmo caminho. Nenhuma palavra foi dada a respeito dos quase 17 mil que
pintaram a casa legislativa. Não estão nem aí. Isso pode passar a ideia de
tranquilidade, de segurança ou de desprezo aos que fiscalizam a aplicação dos
recursos públicos. Se a missão é evitar o debate para que o povo esqueça, pode
até dar resultado. Ocorre que malandro demais pode se atrapalhar. De tanto ser
cobrado e não dar respostas, a coisa pode descambar para o menosprezo ou falta
de respeito ao povo de Heliópolis. Aí o povo pode pintar o sete ou outro número
qualquer.
O Coisan é uma coisa
O consórcio intermunicipal de
saúde está em pé de guerra e tudo tem um motivo: Ricardo Maia. Acostumado a
centralizar tudo no seu colo, o ex-prefeito de Ribeira do Pombal parece não
diferenciar a região do município. Pior é que ele acha que os prefeitos da região
do semiárido têm o mesmo comportamento dos seus opositores em Ribeira do
Pombal. Esquece Ricardo que ele desconsiderou os colegas ao entrar em seus
territórios e investir nos opositores. Será que imaginou que isso ficaria de
graça? A destituição de Eriksson da presidência do Coisan foi uma clara
retaliação ao trabalho político de Ricardo Maia, tentando difundir seu poder
pela região.
A coisa é outra
Alguns microfones e palavras
compradas saíram por aí a bradar que a destituição de Eriksson Silva foi um
golpe! A palavra bradada pelo PT agora é usada com múltiplos significados. O
correto é dizer que o que houve foi a continuidade da nossa velha e carcomida
política de interesses, ou política de negócios. Ricardo Maia quer ser deputado
federal e acha que pode comprar o mandato. Não é uma candidatura para fortalecer
a região, mas para fortalecê-lo. É individualista e egoísta. Não tem a força da
união, mas o poder do dinheiro. Acontece que, a medida que avança, tratora
interesses outros e vai fortalecendo antagonismos. Além disso, tem um TCU no
meio do caminho, no meio do caminho tem um TCU. Será que Ricardo Maia, como
Lula, conseguirá convencer a Justiça de que o vilão é o juiz?
Na contramão da história
A ciência está sendo negada e
os curandeiros imperam. A imprensa está sendo crucificada por informar e a
mentira é uma verdade que se espalha pelas redes sociais robotizadas. Jovens
estudantes universitários viram negacionistas daquilo que aprenderam. Um policial
surta e vira herói, enquanto alguém levanta a bandeira da democracia pedindo o
fechamento do Congresso e do STF. Estamos prestes a mandar o juiz para a cadeia
e mais um ladrão para a presidência. O empresário precisa que seu negócio funcione,
mesmo que isso custe a morte de milhares de pessoas, e a garota exibe no
Instagram o seu corrupto preferido para 2022. Alguma dúvida de que algo está
fora da ordem?