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Carinhanha - Cidades do Velho Chico 22

Poucas & Boas: A ditadura sonhada fora da ordem!

Jair Bolsonaro sonha todos os dias com cenas como esta.
(Foto: Descomplica)
Ditadura sonhada

É fato. Jair Bolsonaro dorme todos os dias sonhando ser um ditador. Ele nem mais consegue disfarçar. A demissão de Azevedo e Silva foi mais uma porta que se abriu para que as Forças Armadas fique de joelhos ante o capitão. Bolsonaro percebeu que o general Braga Netto pode fazer no ministério da defesa o papel de convencimento ao alinhamento das forças militares ao jogo de poder. Ocorre que, apesar do ambiente contaminado pela política, há uma resistência dos comandantes de embarcar numa loucura de um antigo membro, que foi expulso da corporação exatamente por promover um atentado. Está muito longe de Bolsonaro concretizar seus sonhos em realidade, mas ele nunca desistiu.   

Vitória do Centrão

Muita gente ainda não sabe o valor ou grau de importância do cargo que foi assumido pela deputada Flávia Arruda. A secretaria de governo é o ministério que cuida do caixa do governo, que prepara os famosos projetos de lei que abrem crédito suplementar no orçamento, que libera os recursos para os demais ministérios, que libera pagamento de emendas e das quotas extras para os deputados e senadores, que libera as pautas e orientações do governo junto ao Congresso Nacional. Em suma, Arthur Lira está com a chave do cofre o governo Bolsonaro e lá está uma deputada de primeiro mandato, esposa de um experiente corrupto. Está tudo dominado pelos larápios!

Doença do poder

Um vereador ligado ao prefeito José Mendonça cometeu o disparate de querer controlar o que dizem os vereadores da oposição. Segundo ele, os colegas têm que silenciar sobre determinado fato acontecido no atual governo porque não bradaram aos quatro cantos quando isso acontecia no governo anterior. Isto ocorreu após a vereadora Ana Dalva apontar problemas relacionados à remoção e lotação de servidores, bem como a questão das ruas em plena escuridão. Mal comparando, é como se a oposição exigisse de um vereador governista que criticasse o prefeito atual porque ele criticou o governo anterior. Coisa de vereador de situação que não tem nada o que mostrar da atual administração.

Pintando o sete

A estratégia adotada pela prefeito José Mendonça parece ser o silêncio. O presidente da Câmara de Vereadores está no mesmo caminho. Nenhuma palavra foi dada a respeito dos quase 17 mil que pintaram a casa legislativa. Não estão nem aí. Isso pode passar a ideia de tranquilidade, de segurança ou de desprezo aos que fiscalizam a aplicação dos recursos públicos. Se a missão é evitar o debate para que o povo esqueça, pode até dar resultado. Ocorre que malandro demais pode se atrapalhar. De tanto ser cobrado e não dar respostas, a coisa pode descambar para o menosprezo ou falta de respeito ao povo de Heliópolis. Aí o povo pode pintar o sete ou outro número qualquer.

O Coisan é uma coisa

O consórcio intermunicipal de saúde está em pé de guerra e tudo tem um motivo: Ricardo Maia. Acostumado a centralizar tudo no seu colo, o ex-prefeito de Ribeira do Pombal parece não diferenciar a região do município. Pior é que ele acha que os prefeitos da região do semiárido têm o mesmo comportamento dos seus opositores em Ribeira do Pombal. Esquece Ricardo que ele desconsiderou os colegas ao entrar em seus territórios e investir nos opositores. Será que imaginou que isso ficaria de graça? A destituição de Eriksson da presidência do Coisan foi uma clara retaliação ao trabalho político de Ricardo Maia, tentando difundir seu poder pela região.

A coisa é outra

Alguns microfones e palavras compradas saíram por aí a bradar que a destituição de Eriksson Silva foi um golpe! A palavra bradada pelo PT agora é usada com múltiplos significados. O correto é dizer que o que houve foi a continuidade da nossa velha e carcomida política de interesses, ou política de negócios. Ricardo Maia quer ser deputado federal e acha que pode comprar o mandato. Não é uma candidatura para fortalecer a região, mas para fortalecê-lo. É individualista e egoísta. Não tem a força da união, mas o poder do dinheiro. Acontece que, a medida que avança, tratora interesses outros e vai fortalecendo antagonismos. Além disso, tem um TCU no meio do caminho, no meio do caminho tem um TCU. Será que Ricardo Maia, como Lula, conseguirá convencer a Justiça de que o vilão é o juiz?

Na contramão da história

A ciência está sendo negada e os curandeiros imperam. A imprensa está sendo crucificada por informar e a mentira é uma verdade que se espalha pelas redes sociais robotizadas. Jovens estudantes universitários viram negacionistas daquilo que aprenderam. Um policial surta e vira herói, enquanto alguém levanta a bandeira da democracia pedindo o fechamento do Congresso e do STF. Estamos prestes a mandar o juiz para a cadeia e mais um ladrão para a presidência. O empresário precisa que seu negócio funcione, mesmo que isso custe a morte de milhares de pessoas, e a garota exibe no Instagram o seu corrupto preferido para 2022. Alguma dúvida de que algo está fora da ordem?