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Neópolis - Cidades do Velho Chico - 31

Poucas & Boas 2018.10

Novo semestre legislativo
Câmara Municipal de Heliópolis de volta às atividades (foto: Landisvalth Lima - arquivo)
A Câmara Municipal de Heliópolis retomou os trabalhos legislativos nesta segunda-feira (06), iniciando o segundo semestre de 2018. Antes da sessão usaram da palavra dois professores: Igor Leonardo e Landisvalth Lima. O primeiro solicitou a recuperação da quadra de esportes do povoado Farmácia e este blogueiro explicitou a sentença dada pelo dr. José Brandão Netto, absolvendo o professor da acusação de crime de injúria e difamação, promovido pelo vereador Gilmar Evangelista. Dois projetos entraram na pauta do dia, oriundos do Poder Executivo, e foram distribuídos às comissões da casa pelo presidente, vereador Valdelício Dantas da Gama.
Forró na Roça
Quem usou a palavra para agradecer presença e contribuição ao Forró da Massaranduba foi o vereador José Clóvis Pereira. A lista de agradecimentos foi enorme e justificou o atraso por não ter conseguido participar da última sessão. Claro, o vereador aproveitou para dar uma alfinetada no prefeito anterior, do PCdoB, Walter Rosário, que recebeu 30 mil da Bahiatursa e não fez o Forró na Roça, sendo condenado agora a devolver o dinheiro. Em contrapartida, rasgou elogios no comportamento do prefeito Ildinho. Segundo um vereador da oposição, virou uma espécie de advogado do prefeito atual, superando as defesas feitas pelo Líder da bancada governista, o vereador Ronaldo Santana.
Aí já é demais!
A fala de José Clóvis despertou o vereador Claudivan Alves. Este disse que Waltinho foi um péssimo prefeito para “nós”, mas bom para Heliópolis. Quase todos torceram o bico. Mas foi um ocupante das cadeiras da plateia que mais chamou atenção. Levantou-se e disse em alto e bom som: “Aí também já é demais. Eu vou até sair!”. O vereador é do tipo “bom coração”. Só um homem bondoso demais para achar que as falcatruas descobertas pela Operação 13 de Maio foram coisas boas para o município de Heliópolis. Se não for bondoso demais, é um sem noção.
Quadras da discórdia
Boa parte da sessão foi tematizada na recuperação das quadras de esportes. De um lado a oposição dizendo cobras e lagartos, do outro os governistas dizendo que inauguraram novas quadras e recuperarão as demais. Ocorre que o relógio da oposição anda veloz, sem falar na indelicadeza do pedir. A quadra da Farmácia é de dar dó. Se o prefeito a recuperar será por questões administrativas. Não se deve esperar gratidão política dos que foram lá reivindicar. O maior objetivo mesmo é desgastar a administração do prefeito.
Fora de controle I
Diferentemente do vereador Doriedson, que faz crítica ácida sem perder o controle, o vereador Giomar Evangelista parece viver em eterna guerra. Seu descontrole é inenarrável. Para responder a este blogueiro sobre a absolvição em processo aberto pelo vereador, disse cobras e lagartos e foi ao fundo do poço do que há de mais podre na alma humana. Berrou da tribuna que estava recorrendo da sentença do juiz José Brandão Netto e que este blogueiro era um conjunto de desgraças. Não contente, partiu para a vereadora Ana Dalva dizendo que ela devolveu dinheiro ao TCM por denúncia dele e que o blog não divulgou. Só que o vereador mentiu. Este blog noticiou tudo dia 15 de março de 2016, veja AQUI. O vereador também prometeu que se perdesse no Tribunal de Justiça faria uma admissão de culpa. Vamos ver.
Fora de controle II
O descontrolado vereador ainda continuou sua metralhadora giratória. Chegou a dizer que este blogueiro não noticiava “os podres da sua família”. Começa o vereador a sair do âmbito das ideias para a questão pessoal e familiar. Pior, chegou a dizer que ele teve quase 300 votos a mais que a vereadora Ana Dalva e se esqueceu que Hitler foi bem votado também na Alemanha. E mais, além de péssimo em matemática, foram 165 votos de diferença (714 a 549), esquece o vereador ególatra que, se isso fosse indicativo de boa índole, ele é o pior dos vereadores da oposição porque foi o menos votado dos três. Mas a vereadora Ana Dalva rebateu quando fez com que ele se lembrasse dos quase 14 mil reais que ele teve que devolver, dos aditivos colocados no seu salário como presidente da Câmara, em flagrante irregularidade. “Ele me denunciou, eu admiti o erro e devolvi o que paguei a mais aos funcionários. Ninguém o denunciou e ele teve que devolver o que ele pagou a mais a ele mesmo.”.
Transtorno Bipolar
Demorei um pouco para escrever este artigo porque fui procurar com especialistas na literatura médico-psicanalítica o que está acontecendo com o vereador Giomar Evangelista. O que ele está fazendo não pode ser maldade. Não é algo que ele faz porque quer. Parece que encontrei o “X” da questão. Solicito inclusive aos colegas do vereador que pensem com carinho a questão. Giomar está doente. O que ele está fazendo é típico modus operandi de uma doença chamada Transtorno Bipolar. A egolatria dele é uma das consequências e, quando ele não vê os seus intuitos realizados, perde completamente o controle e começa a atirar sem pensar nas consequências. A família até pensou em abrir processo contra ele, mas fiz ver que se trata de um pai de família, de uma pessoa da comunidade, que deu sua contribuição a muita gente e pode ser apenas um momento ruim, que começou na presidência da câmara. Triste é saber que não tem cura, mas pode ser controlada. Para evitar maiores consequências, estamos encerrando aqui qualquer referência ao vereador Giomar Evangelista, pelo menos até que ele dê início ao tratamento e se mostre mais receptivo à atividade no mundo social e político.