II – Quem mais perdeu na eleição em Heliópolis?
A derrocada petista
Continuando nossa análise sobre
quem perdeu mais com o resultado da eleição municipal de Heliópolis em 2016,
chegamos agora aos núcleos periféricos. Não podemos delimitar quem mais perdeu
dentro do Partido dos Trabalhadores, mas fato é: O PT está quase no fim.
Sozinha a legenda não é capaz nem mesmo de eleger um vereador. E para quem acha
que estou sendo cruel e não olho para os votos obtidos no município pela
deputada Fátima Nunes, na última eleição, é bom lembrar que o apoio dado a ela
foi obra de um vereador do PCdoB. Vamos aos principais personagens:
De vice-prefeito a nada
Depois de se eleger vice-prefeito
na chapa de Walter Rosário, Zé Guerra foi jogado num canto da administração. Na
verdade, o PCdoB só queria a legenda. Naquele momento, o PT rachou. Queríamos Valdir do Bujão com Ana
Dalva na vice, mas o domínio do partido estava nas mãos de Zé Guerra e ele foi
alçado a vice. Ali, em 2008, o PT perdeu a prefeitura de Heliópolis.
Abandonado, Zé Guerra rompeu com o PCdoB e apoiou Ildinho. Foi candidato a
vereador e teve a maior votação de sua vida, embora não se elegesse. Em
retribuição, Ildinho lhe entregou a pasta da agricultura. Foi um secretário
limitado dentro das limitações da própria pasta. A ingratidão praticada por
Walter Rosário contra ele quem pagou foi Ildinho. Zé Guerra rompe com o
prefeito e vai apoiar José Mendonça, do PCdoB. Teve votação pífia e o seu nome
foi jogado mais uma vez no canto da campanha, ao lado da foice e do martelo.
Uma secretaria em Banzaê
Antônio Jackson Maranduba e sua
esposa Zélia já decidiram muitas eleições. Levam na história a honra de ter
sido Zélia Maranduba como a única vereadora do PT, mesmo sem ter sido eleita
pelo partido. Depois de apoiarem Walter Rosário, foram excluídos de tudo. Não
levaram uma secretaria sequer nem opinaram em nada no governo do PCdoB. Do
rompimento veio o apoio a Ildinho. A retribuição foi uma secretaria de assistência
social. Por questões éticas, Ildinho nunca disse porque demitira a mulher de Antônio
Jackson. Falam de inúmeras reclamações com o programa Minha Casa Minha Vida e a
estranha propaganda negativa que o casal fazia do prefeito. Agora, ambos estão
desempregados. A boa notícia é que Jailma voltou ao cargo de prefeita de Banzaê
e bem que poderia dar uma nova secretaria a Antônio Jackson. Pensando bem, ela terá
que oferecer uma pasta, caso contrário pensarão coisas negativas sobre o novo líder
do PT de Heliópolis.
Sindicato dos Trabalhadores
Não que isso vá influenciar na
melhoria ou na piora das ações do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de
Heliópolis, mas o passo político do STRH este ano foi catastrófico. É que
sempre o sindicato estava dividido. Um grupo apoiava o governo e o outro a
oposição. Desta vez, todos os grupos – o da advogada, o de Edmeia e o de Zé
Guerra, já que Juarez não tem mais grupo algum, apoiaram o PCdoB e ficaram mal
na fita.
Sem nobreza
Outro que se saiu mal nesta eleição foi o
ex-presidente do PT Aderaldo Nobre. O posicionamento político dele nunca foi
absoluto, concreto, nítido e claro. Ele é tão confuso quanto o texto a seguir: “O que presenciamos somos candidatos fluir,
uns com renome na politica municipal, outro em inicio. Mas nada certo para a
realidade politica, as eleições.” Este é um trecho de um artigo de seu blog
Visão Geral. O título do texto: A política incerta de Heliópolis-Ba.
Quem entender, favor me avisar. Incerto também está seu rumo político. Depois
de quatro anos com Ildinho, praticamente no início da campanha, pulou fora do
barco e agora nada em águas incertas. Como ele mesmo se definiu, é “um louco no
meio dos normais”. De loucura em loucura, o PT e seus líderes vão afundando.
Nem mesmo olham para os erros para buscar o acerto. Fazem política com o fígado
e isto não tem nada de nobre.