Landisvalth Lima
O lobo se passando por cordeiro (Jornal do Totonho) |
Eu prometi a mim mesmo que não
mais perderia o meu tempo tratando das atitudes alopradas do vereador Giomar
Evangelista, que hoje preside sofrivelmente o Legislativo de Heliópolis. Mas, a
sessão da última segunda-feira (14), iniciada às 18:40 e encerrada por volta
das 23:00 horas, foi mais uma prova inconteste de que o nobre edil não está nos
seus melhores dias, ou quer passar a impressão de que é doido para desviar a
atenção do seu excesso de inteligência. Fato é que ele ainda não tem atuação
condigna com o que podemos chamar de presidente de um Poder. A bagunça
continua, mesmo depois da mudança do horário da sessão.
Na referida sessão em questão,
tínhamos apenas um projeto unânime, que coloca o nome do Plenário de Evanilde
Ribeiro de Souza Fontes – D. Vanda. Deveria ser uma sessão exaltando a história
da homenageada, presente em toda trajetória de evolução do município de
Heliópolis, morta no início deste ano. Ao contrário, o edil transformou a
reunião numa bagunça. Ele se revelou apenas um porta voz do seu aglomerado
político. Primeiro, ameaçou Zeic Andrade com punição, só porque o vereador fez
um gesto em plenário, que não tinha nada a ver com o que estava posto no
plenário, e, mesmo que tivesse, qualquer edil pode se manifestar, desde que não
tire o direito do outro de expor suas ideias. Não era o caso. Pior. O presidente
está agora ameaçando punir os vereadores com o Regimento, aquele mesmo que ele
não seguiu na maioria de suas decisões.
Outra atitude mesquinha do vereador
foi num aparte feito por um colega governista. O aparte deve durar até dois
minutos, mas, a partir de sua importância, o dono da palavra pode permitir seu
prolongamento. O presidente, sem que o orador pedisse, interferiu e ameaçou
novamente com o Regimento. Entretanto, quando o vereador José Mendonça usou a
palavra, com limite de 30 minutos, ele permitiu um discurso de 48. Com receio
de interromper o líder da oposição, abandonou o Plenário. Foi Claudivan Alves,
ao assumir a presidência provisoriamente, que chamou a atenção para o tempo e,
finalmente, o blábláblá foi encerrado.
Mas não fica só por aí. O
presidente não controlou mais uma discussão entre José Mendonça e Zeic Andrade.
Mendonça não mediu palavras e chamou o colega de moleque. Zeic devolveu
afirmando que moleque era ele que roubou computadores da secretaria de saúde,
ensinou prefeito a roubar 600 mil vezes e outras desgraças. Uma baixaria sem
fim. Dava a impressão de que foi provocação planejada. Parece que Mendonça está
provocando Zeic para que ele perca a cabeça e pratique um ato de violência
física. Aí o vereador do PC do B vai passar a imagem de vítima, tentando melhorar
sua imagem para uma candidatura a prefeito. Ao final da sessão, foi o próprio
presidente que provocou outra balbúrdia, desta vez confrontando com Zé do Sertão.
Todos nós temos defeitos, mas não cabe ao representante máximo do Poder
Legislativo denegrir um membro do parlamento. Zé do Sertão reagiu e aí a baixaria
imperou novamente. Cabe ao presidente conduzir o processo da sessão legislativa
para evitar tumultos e não os provocar.
Não é coisa relevante citar aqui,
mas o presidente da Câmara procura desesperadamente um culpado para sua atitude
aloprada. Sua metralhadora voltou a falar mal da vereadora Ana Dalva e deste
blog. Da vereadora disse que ela teve que devolver dinheiro ao município. É
verdadeira esta parte. Ana Dalva, quando presidiu o Legislativo, devolveu
dinheiro duas vezes à Prefeitura Municipal. Uma delas foi no primeiro ano, 4
mil reais que sobraram do Orçamento. A outra foi devido à remuneração paga aos
funcionários. Ela distribuiu gratificação de 100%. Para isso, se baseou num
limite de uma Lei Federal. Ocorre que havia uma Lei Municipal que limitava em
50% esta gratificação. Foi o vereador Giomar Evangelista, depois que assumiu a
presidência, quem fez a denúncia, só para ter um gostinho de ter alguma coisa
contra a vereadora. Como Ana Dalva não dava a gratificação sempre, mas quando o
trabalho ultrapassava as horas laborativas dos funcionários, logo após saber
que a situação estava irregular, imediatamente começou a juntar o dinheiro e
devolveu o que foi pago acima dos 50%, comunicando ao TCM imediatamente a
devolução. Nenhum funcionário teve prejuízo. Ana Dalva assumiu o seu erro. A
diferença está aí. Todos nós podemos errar, mas só os incompetentes não admitem
o erro.
Também ninguém sabe por que
motivo ele também não citou que Ana Dalva teve que pagar multa de 1 mil reais
ao TCM, inclusive por ela ter pago diárias aos vereadores para fiscalizar a ela
e ao prefeito. Ele não paga diárias aos vereadores e Ana Dalva passou dos
limites e, por isso, foi multada. Em troca, o que ela recebeu do edil, em
agradecimento profundo, foi a suspensão do seu pagamento, direito líquido e
certo. Quanto ao que o indigitado edil falou sobre este blog, não cabe nem
mesmo consideração. Todos sabem que escrevo o que penso, a partir das minhas
convicções. Ninguém é obrigado a concordar. Só lê quem quer. Concordar ou
discordar é do ambiente democrático. Não estou aqui para elogios fáceis. E
quero encerrar também emitindo uma opinião sobre o que ocorre na Câmara
Municipal de Heliópolis. Está na hora de tirar Giomar daquela cadeira. Ele não
é digno para o cargo. Não está representando o Poder Legislativo e está
procedendo de modo incompatível com a dignidade da Câmara, faltando até com o
decoro na sua conduta pública.
O Plenário da Câmara, mediante
resolução legislativa, pode começar o processo de expulsão da mesa, e até do
mandato. Basta denúncia de um terço dos Vereadores. Está na hora de dar um fim
nisso. Seria bom que, de uma vez só, pudéssemos tirar Dilma, Cunha, Renan e o
aloprado Giomar. Chega desta confusão. Precisamos de políticos para resolver os
nossos problemas e não para aumentá-los ainda mais. Elegemos vereadores para
debater as melhorias da nossa gente e não para ficar em discussões inúteis,
transformando o Legislativo em casa de picuinha. Ele disse que todo mundo
conhece o seu procedimento e o procedimento deste blogueiro. Ele está do outro
lado. Eu luto contra os que, de uma maneira ou de outra, emperram o
desenvolvimento de nossa terra. Giomar Evangelista não é do meu time e,
acredito, jamais será.