O Maglev japonês ultrapassa os 600 km por hora |
A questão do nosso precário
transporte público está longe de ser resolvido. Falta de planejamento, incompetência
e corrupção nos deixam cada vez mais longe do futuro. Os japoneses, entretanto,
já trabalham pensando nos próximos dez ou vinte anos. O trem japonês de
levitação magnética Maglev, ainda em fase de testes, bateu nesta terça-feira
(21) seu próprio recorde mundial de velocidade ao atingir 603 km/h menos de uma
semana de quebrar a marca anterior. "A
velocidade de 603 km/h foi mantida por 10,8 segundos" quando o trem
atravessava um túnel, destacou o porta-voz da companhia que opera o trem,
Central Japan Railway, afirmando que trata-se de um recorde mundial. O teste,
com pessoas a bordo, foi realizado na manhã desta terça-feira, em uma linha
especial de 42,8 km em Yamanashi, no centro do Japão, onde o Maglev é
desenvolvido há anos. O objetivo do teste era comprovar a estabilidade deste
meio de transporte inclusive a uma velocidade muito superior à prevista para o
serviço comercial. O mesmo trem havia batido o recorde mundial anterior ao
alcançar 590 km/h no último dia 16 de abril. Com a atividade de hoje, a Central
Japan Railway concluiu os testes para atingir as altas velocidades com o Maglev
sem o registro de nenhum problema.
Levitação
O Maglev funciona por meio de um
sistema de levitação magnética que usa motores lineares para gerar um campo
magnético perto dos trilhos. Este campo gerado faz com que o trem seja elevado
até 10 cm acima da ferrovia e também o impulsiona, eliminando o contato e
fazendo com que a única forma de atrito do trem seja com o ar. A Central Japan
Railway pretende colocar o Maglev em funcionamento em 2027 entre a estação de
Shinagawa, ao sul de Tóquio, e a cidade de Nagóia, no centro do Japão. O
trajeto de 286 quilômetros e feito pelo trem-bala atual em 88 minutos seria
reduzido para 40 minutos com o novo sistema, viajando à velocidade máxima de
500 km/h. Hoje, de Heliópolis a Salvador, 340 km, fazemos em mais de 5 horas ou
300 minutos, contando com alguns “ses”: se não houver engarrafamento, se não
houver acidente na estrada.... e isso de carro, mesmo tempo que gastaríamos num
Maglev para chegar a São Paulo. Pelo menos podemos continuar sonhando!
Informações do UOL.