Finalmente, depois de várias
tentativas, a vereadora Ana Dalva pode encerrar seu mandato à frente do
Legislativo com a aprovação do Orçamento para o ano de 2015. Mas não foi como
queria. Na hora “H” a oposição jogou por terra tudo que havia acordado.
Ana Dalva apurando os votos entre os dois candidatos |
Tudo começou na semana passada.
Na quarta-feira, os vereadores da Comissão de Constituição, Justiça e Orçamento
votaram pela redução da suplementação para 20%. O governo desistiu de brigar
por um percentual maior. Com isso, Ana Dalva convocou sessões para sexta-feira.
Para piorar a situação, ouve uma queda de energia que deixou o município toda a
manhã de sexta-feira funcionando de forma precária. Além do mais, o líder da
oposição mandou um recado informando que nenhum vereador opositor compareceria.
As sessões foram adiadas. Tudo ficaria para a segunda-feira.
Na sessão ordinária desta
segunda-feira (29), a vereadora Ana Dalva logo colocou em votação a LOA 2015,
mas a oposição entrou com uma emenda alterando valores de rubricas do QDD do
Orçamento, da parte destinada à Câmara de Vereadores, além de criar novas
rubricas. Sem mais poder adiar, Ana Dalva encaminhou à Comissão para emitir
Parecer em Plenário. A Comissão, por maioria, considerou a emenda
inconstitucional. Após o resultado, a oposição requereu que fosse ouvido o
Plenário. Colocada em votação, o Plenário aprovou por 5 votos a 3. Só depois o
Orçamento foi colocado em votação e aprovado por unanimidade.
Após votação do orçamento, Ana
Dalva convocou para votação das mudanças acordadas no Regimento Interno da
casa. Para surpresa da presidente, os vereadores da oposição não queriam votar a
Resolução. Alegaram que precisariam de mais tempo para discutir as mudanças.
Ana Dalva disse que foram seis meses de discussão, passando pelo setor jurídico
e pela comissão revisora, e que já havia combinado com todos os vereadores, mas
nada adiantou. A oposição estava irredutível e a propositura foi arquivada.
O público prestigiou mais uma vez |
Na sequência convocou para
eleição dos novos membros da mesa diretora. Duas chapas requereram inscrição. A
nª 1, com Giomar Evangelista como presidente, Claudivan como vice-presidente,
Valdelício como 1º secretário e Doriedson como 2º secretário. A chapa nº 2
tinha José Clóvis como presidente, Zeic Andrade como vice-presidente, Ronaldo
Santana como 1º secretário e Ana Dalva como 2ª secretária. O voto foi nominal e
secreto, Ao final, ganhou a oposição por 5 votos a 4. O futuro presidente da
Câmara será o vereador Giomar Evangelista (PCdoB), para o biênio 2015/2016.
Entendamos o que quer a oposição
Para quem não está acostumado
com o mundo político viciado de artimanhas deve achar uma idiotice o que a
oposição está fazendo com o Orçamento de 2015. O vereador Mendonça sabe que,
com a aprovação de 20% de suplementação, Giomar estará também com as mãos amarradas
para fazer algumas coisas. Como a intenção nunca foi melhorar Heliópolis, a
mudança no QDD – quadro de detalhamento de despesas – é para deixar o gestor da
Câmara livre para fazer suas contratações de despesas. Só um exemplo: a rubrica
“serviços de consultoria” tinha uma previsão de gastos de apenas 10 mil reais.
Mendonça pediu 120 mil. Está livre para voltar a contratar consultarias que vão
dizer o que todos já sabem. Se desejar, pode até sair um caixa 2 recheado. Além
disso, ele quer a criação da rubrica “despesas de exercícios anteriores”, com o
valor de 1.750 reais. Para qual finalidade? Pagar uma velha conta da Vivo,
ainda da administração do vereador Mendonça, na época do governo do PCdoB.
Inocente é quem acha que eles não sabem o que fazem ou que estão fazendo por
vingança ou ódio político.
Tem uma casa no meio do caminho
Nos bastidores falam de uma casa
no meio do mandato de Giomar Evangelista. Os maldosos afirmam que ele terá que
passar o cargo para Claudivan no final de 2015, caso contrário perderá uma casa
para o vereador. Outros afirmam que isso é maldade espalhada pelos partidários
do prefeito Ildinho para atrapalhar a administração do vereador do PCdoB. A
resposta será dada na boa administração que Giomar fará. Dizem que superará a
de Ana Dalva.
Traição regimental
A vereadora Ana Dalva se sentiu
traída pelos vereadores da oposição. Ela teve paciência para discutir com eles
as mudanças no regimento durante o ano de 2014. Esperava agora poder fazer as
sessões itinerantes nos povoados, que, por acordo, foram reduzidas a duas por
semestre. Ana Dalva queria uma por mês. Agora, o sonho foi adiado. Mas por que
motivo há tanto temor na realização destas sessões? Ora, quanto mais
desinformação, melhor. O eleitor que não sabe muito sobre, é capaz de acreditar
em. A ignorância é a salvação dos que desejam usar a mentira como arma
eleitoral!
Diálogos que se ouvem
- Cumpadi, mas num é qui
Valdelíço de Gabrié, adispois de num sei quantos anu como veriadô, parece que
tomô vergonha e virô homi. Adispois de pulá de gaio im gaio, sempre virando pru
lado du governo, num é que o cabra cumpriu o que prometeu a Gama e votô contra Ildinho
de Migué! É coisa munto rara, cumpadi!
- Verdade, meu cumpadi. Votô mermo. Isso me
lembra munto um duente quando está perto di morrê. Tem sempre uma milhora!