Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) |
Após o deputado federal candidato
à reeleição Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) levantar a hipótese de que o desastre
aéreo que matou o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos no dia 13 de
agosto não foi acidental, o irmão do então presidenciável, Antônio Campos,
pediu que o Ministério Público e a 5ª Vara Federal de Santos intime o
parlamentar para apresentar os dados sobre a denúncia, “para que perante o MPF
e a Justiça Federal faça o seu esclarecimento e traga aos autos os citados
indícios e depoimentos que alega ter de que o acidente com Eduardo Campos teria
sido atentado”. Queiroz tem afirmado que entregará as informações que apurou
sobre a queda do jato em Santos (SP) à Procuradoria Geral da República (PGR)
após as eleições. “Questão do acidente ser normal, na minha convicção, está
afastado isso”, disse Queiroz, que é delegado da Polícia Federal licenciado e
ficou conhecido após comandar a operação Satiagraha, que investigou um esquema
de corrupção que resultou na prisão do ex-prefeito de São Paulo, Celso Pitta, e
do banqueiro Daniel Dantas, em 2008. Ele afirma que estava na baixada santista
no dia da tragédia e que se dirigiu ao local ao saber do acidente para “coletar
informações”. Entre os fatos estranhos que o parlamentar percebeu está o fato
de a equipe da PF designada para acompanhar as buscas e coletar os dados só ter
chegado na madrugada do dia seguinte”. Ele aponta também que a área não foi
isolada corretamente. Queiroz também diz ter visto “contradições” no local onde
a aeronave caiu, como um fichário do piloto do avião que estava sem folhas e só
apresentava a capa. “Por que foram retiradas essas folhas? Por que eu encontrei
em outro local? Eu fotografei as folhas e pedi pra perícia recolher”, observou.
O deputado também relata ter tirado fotos de parte da fuselagem do avião, que
não coincidem, segundo ele, com imagens que estão na base aérea. Ainda de
acordo com Queiroz, técnicos da PF que trabalham no caso estariam com medo. “Os
técnicos estão um pouco amedrontados com a situação, amedrontas porque converge
com uma situação de um atentado (...) e eles têm medo de algum tipo de
retaliação”, afirmou.
Com informações do portal Terra e
do Bahia Notícias.