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Neópolis - Cidades do Velho Chico - 31

Eleição no STR de Heliópolis será 15 de dezembro


Trabalhadores rurais vão escolher novos dirigentes do STR de Heliópolis
(foto: Jorge Sousa)
As eleições para a direção do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Heliópolis – STRH – foram determinadas pela Justiça do Trabalho para serem realizadas em 15 de Dezembro. O primeiro passo já foi dado com a publicação na última quinta-feira (17) do Edital de Convocação, feito pela Comissão Diretiva Provisória. Agora, os dirigentes têm entre dos dias 27 de outubro e 2 de novembro para formar a Comissão Eleitoral que dirigirá o pleito. Formada a comissão, no outro dia já poderão se inscrever as chapas concorrentes.
A previsão inicial é de que três chapas concorrerão para dirigir o STRH nos próximos quatro anos: uma liderada por Juarez Carlos Oliveira, outra que terá Mundinho do Tijuco como candidato e a liderada por Edmeia Torres. Mas há quem aposte na hipótese de quatro chapas. Isso porque Mundinho do Tijuco não é o candidato das graças do atual chefe do Partido dos Trabalhadores, Antônio Jackson Maranduba. Mundinho seria candidato da preferência de Zé Guerra. Falam na insistência de lançar Aderaldo Nobre, presidente do PT.  Entretanto, para evitar uma guerra jurídica, já que ele não é trabalhador rural, estão pensando em lançar a mãe de Aderaldo para a cabeça de chapa.
Além disso, há quem veja o lançamento de apenas duas chapas. Nesse caso, Juarez Carlos, que no passado foi cria de Zé Guerra, e que seria aqui o mais fraco das três chapas, cederia o lugar de presidente por uma tesouraria. Isso não é impossível, já que a atual Comissão Diretiva foi eleita com a união dos dois grupos rivais. No fundo, Juarez pensa em se salvar contando com o apoio do prefeito Ildinho. Ele já é visto sempre colado ao pé do secretário de administração. Quem foi à festa do Dia do Professor no Waldir Pires deve ter visto a movimentação. Ocorre que, certa vez, foi o próprio prefeito quem chegou a dizer abertamente que votaria em qualquer um, menos em Juarez. Também não é segredo que o prefeito já mudou de ideia várias vezes em apenas 10 meses de administração!
Queda de arrecadação
O STR de Heliópolis vem sofrendo já há algum tempo. Primeiro foi a administração desastrosa de Juarez e agora esta querela eleitoral. Fato é que o sindicato arrecadava cerca de 17 mil por mês dos associados aposentados. Hoje são apenas 13 mil, e em queda. O faturamento mensal está em torno de 20 mil reais. São 250 mil por ano. Muito pouco para um sindicato com algo em torno de três mil associados. Ocorre que, aptos a votar, são cerca de 1.800 sócios, apenas. Segundo Edmeia Torres, com uma boa administração, dá para dobrar a arrecadação.
Maria do Beiju
A prova de que é possível fazer uma boa administração está na atuação da presidente da Comissão Diretiva anterior. Em três meses, ela administrou o sindicato com paciência de Jó e deixou em caixa cerca de 10 mil reais. Na época de Juarez, o dinheiro nunca dava para nada. Não havia sobras. O único dinheiro que restou foram miseráveis 2,25 (dois reais e vinte e cinco centavos). Os patrocinadores da atual diretoria provisória, sem cerimônia, disseram aos quatro cantos: “Otária! Ainda deixou dinheiro para a gente gastar!”. Alguém tem dúvida que Maria do Beiju não será jamais reconhecida por isso?
O Quarteto Fantástico
A primeira providência que a nova Comissão Diretiva, liderada por Nalva, fez foi demitir o Quarteto Fantástico do STRH: Dra. Teresa Cristina, Marcondes Pinho, Joelma Torres e José Pereira. Diga-se de passagem, foram demitidos sem Aviso Prévio. E a justificativa de Nalva foi que a ordem partiu das forças políticas que apoiavam a nova diretoria, ou seja, um outro quarteto, que não tem nada de fantástico: Antônio Jackson, Zé Guerra, Aderaldo Nobre e Beto Fonseca. As demissões custarão ao STRH a bagatela de 140 mil reais. Quem vai cobrir mais este rombo?
Situação financeira do STRH
As finanças do STRH não iam boas desde a fabricação de despesas em recibos com assinaturas falsificadas, denunciadas por ex-diretores da administração de Juarez Carlos. Só de uma lapada foram mais de seis mil reais em recibos forjados. Há quem diga que o José Elson Lima, que alguns se referem como O Raizeiro, é funcionário do sindicato e recebe dois salários mínimos, repassando para um certo alguém a metade. Já há inúmeras queixas sobre o aviamento de receitas feitas por este suposto homeopata. Cabe uma investigação sobre o caso, bem como uma auditoria nas contas do STRH.
Cara de roceiro
Não está sendo feliz o Antônio Jackson na sua determinação de “tomar” o STRH para o PT. Ele chegou a dizer para uma dirigente que “precisamos tirar do sindicato a cara do roceiro”. Ele quis dizer que era hora de botar uma cara jovem, numa clara indicação do nome de Aderaldo Nobre. Mas o problema é que o sindicato é dos roceiros. Antônio Jackson precisa se preocupar em resolver os problemas causados pelo transporte escolar da empresa Minha Região, em Heliópolis, e deixar o sindicato para os seus verdadeiros trabalhadores rurais, que são, de fato, roceiros.
Obra no Tijuco
Se Mundinho do Tijuco vencer as eleições e administrar o STRH da mesma maneira que ele refez o calçamento da BA 393 no Tijuco, vai afundar a entidade. Está muito pior que antes!
Procura-se o prefeito
Dou um chocolate a quem encontrar o prefeito Ildefonso Andrade Fonseca na Prefeitura Municipal de Heliópolis. E há várias justificativas, umas verdadeiras outras nem tanto. Virose, viagem a Salvador, indisposição etc, etc, etc. Dizem que o lugar mais fácil de encontrá-lo é num banco. Mas, nesse caso, não tem chocolate.
Não quer Edmeia 
Beto Fonseca procurou Zezinho, que compõe a chapa com Edmeia, para negociar uma chapa alternativa. Disse que não apoiava a esposa de Joaquim Torres, mas, se ele quisesse, seria o candidato de consenso. Bastava tirá-la da chapa. Muito correto, Zezinho agradeceu a oferta. Beto Fonseca disse mais: jurou que Ildinho não estava interferindo na eleição do STR de Heliópolis. Beto Fonseca disse a verdade. Ildinho não está interferindo em nada! Nem mesmo na Prefeitura!