Assassinato de jornalistas está
virando rotina no Brasil. Diretor de jornal é morto com 44 tiros no Rio.
José Roberto foi executado |
A liberdade de imprensa no Brasil
está longe de ser uma atividade sem risco. Aqui, os jornalistas estão sendo
abatidos por grupos organizados que roubam os cofres públicos. Enquanto a
Justiça demora na efetivação de prisões de crimes relacionados a assaltos aos cofres
públicos, os jornalistas estão virando alvos fáceis nas pontarias dos revólveres
dos corruptos. O último crime aconteceu na Baixada Fluminense. O jornalista
José Roberto Ornelas de Lemos, 45, foi morto após ser atingido por 44 tiros em
Nova Iguaçu. Lemos era diretor e filho do dono do jornal
"Hora H".
De acordo com policiais da 58ª
Delegacia de Polícia, o crime aconteceu por volta das 20h de terça-feira (11)
no bairro de Corumbá. Lemos, que era casado e não tinha filhos, foi atingido
pelos disparos quando estava sozinho na Padaria do Rocha. Um dos repórteres do
jornal, Ivan Teixeira, disse à polícia que ele vinha recebendo ameaças devido a
reportagens que fazia no jornal. Ele denunciava irregularidades em prefeituras
e, também, sobre o crime organizado, inclusive conduzidos por milícias. Os
autores dos disparos, segundo testemunhas, foram quatro homens encapuzados que
ocupavam um Volkswagen Gol cinza. "Ele costumava ir naquela padaria, mas
tinha tempo que não ia lá. O carro com os quatro suspeitos já tinha dado duas
voltas pela região quando Lemos chegou e foi baleado", disse Teixeira, que
também sofre ameaças frequentes de morte. O empresário chegou a ser transferido
para o Hospital da Posse, mas não resistiu. O caso será investigado pela
polícia.
Informações de DENISE LUNA – da Folha
de São Paulo.