Marina Silva |
A ex-ministra do Meio Ambiente
Marina Silva disse nesta terça-feira (2) que só decidirá em 2014 sobre sua
possível candidatura à Presidência da República nas próximas eleições. Apesar
da caravana que fará nesta sexta-feira (5) e sábado (6) nas cidades de Ilhéus e
Itabuna, Marina afirmou, em entrevista ao programa Bahia Notícias no Ar, da
Rede Tudo FM 102,5, que seu objetivo, neste momento, é divulgar a Rede de
Sustentabilidade, partido que pretende formar ainda este ano. "Precisamos
de 550 mil assinaturas para a criação da legenda e já percebemos uma nova forma
de militância política, de ativismo autoral. Pessoas que não querem mais ser
espectadoras, já que os partidos não dão mais espaço para o debate",
declarou a ex-ministra, ao jornalista Samuel Celestino. A ideia, segundo
Marina, é criar uma sigla "horizontal", que realize debates em todos
os setores. "Queremos buscar o reencantamento com a política, já que hoje
a maioria dos partidos se transformou em projetos do poder pelo poder, sem discussão
de propostas para o país, mas de como se faz para ganhar eleições",
explicou. Marina disse ainda que considera o próximo ano um "novo
momento", diferente das últimas eleições, em que obteve quase 20 milhões
de votos pelo PV, e que é a favor do financiamento público de campanhas
eleitorais, o que "criaria igualdade para todos que irão concorrer",
já que exigiria maior rigor na prestação de contas e um limite nas doações.
Sobre a eleição do pastor Marco Feliciano (PSC-SP) para a presidência da
Comissão de Direitos Humanos da Câmara, a ex-ministra, que é evangélica, disse
que isso faz parte do jogo político atual, em que "comissões são rifadas
no governo" e outras acabam com líderes que não são ligados às causas,
"como é o caso da Comissão de Meio Ambiente do Senado, que também não tem
um ambientalista na presidência".
Informações do Bahia Notícias.