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Neópolis - Cidades do Velho Chico - 31

Policiais grevistas teme invasão da Assembleia


Amotinados na AL-Ba. (foto: Beto Jr./AH.BN)

     O clima nas dependências da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) é de pânico entre os policiais militares que permanecem amotinados no prédio há oito dias. O Bahia Notícias apurou que o presidente da Associação dos Policiais, Bombeiros e dos seus Familiares da Bahia (Aspra), Marco Prisco, já solicitou aos companheiros grevistas que verifiquem “movimentações estranhas” da Polícia do Exército, que aumentou o efetivo no cerco ao local. Grevistas acampados declararam ao BN que cresce o boato de que os militares iriam invadir as dependências da AL-BA na noite desta terça-feira (7). As especulações tomaram ainda mais corpo após o secretário estadual da Casa Civil, Rui Costa, estimar a concordância das demais associações da PM e fim da greve para “até amanhã [quarta]”, pois haveria uma resistência da Aspra em acatar o acordo. Outro fato curioso foi o flagrante feito pela reportagem do BN, em que a aproximadamente 100 metros dali, no teto da sede do Tribunal de Justiça, atiradores de elite e observadores estão posicionados. O Exército, porém, diz que o procedimento é “padrão”.
     Nenhuma proposta foi aceita
     Enquanto o governo opina (e sobretudo deseja) que a greve dos policiais militares se encerrará até a quarta-feira (8), os grevistas que acampam na área externa da Assembleia Legislativa da Bahia cantam: “A greve só aumentou” e “O Carnaval acabou”. Durante a tarde, as tropas do Exército adotaram nova formação, de modo a aumentar o cordão de isolamento e reduzir a movimentação das pessoas pelo local, inclusive de profissionais da imprensa. O efetivo, que era de 850 homens na segunda, já atinge a marca de 1.038 membros das Forças Armadas. Durante boa parte do dia, representantes do governo e associações de policiais militares estiveram reunidos na residência do arcebispo Dom Murilo Krieger. Em nota, as entidade militares informaram que a proposta apresentada pelo governo do Estado não satisfez as aspirações da categoria, o que desmente declaração feita anteriormente pelo secretário estadual da Casa Civil, Rui Costa, de que as sugestões haviam tido "forte aceitação" dos grupos. As associações pedem o pagamento da GAP 4 a partir de março de 2012 e GAP 5 em março de 2013, a não aplicação de sansões administrativa, disciplinar ou criminal aos participantes do movimento que não tenham sido flagrados em práticas contrárias à lei e a ordem, a garantia do cumprimento das prisões preventivas nas unidades prisionais do Estado (preferencialmente em presídio militar) e a criação de uma mesa de negociação para o estudo dos demais itens com a seguinte composição: governo do Estado, comando-geral da PM-BA e entidades representativas.
     Informações do Bahia Notícias.