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Neópolis - Cidades do Velho Chico - 31

Luta do professor garante Piso

O trabalho da direção do SINDHELI e o apoio dado pelos associados foram decisivos para que o prefeito de Heliópolis cedesse e, finalmente, anunciasse o piso salarial do professor em 1.030 reais para os professores com 40 horas semanais. Como em Heliópolis a carga horária é de 25 horas semanais, espera-se um piso de 645 reais, superior ao anunciado na semana passada de 593 reais. O anúncio foi feito na reunião entre o prefeito e os servidores, ocorrida no último sábado na Câmara de Vereadores de Heliópolis. Estavam também presentes vereadores e a direção do SINDHELI, o vice-presidente Gilvan Tatu. O professor Quelton não pode comparecer.
Embora tenha dito que não foi a manifestação que o fez mudar de ideia, o prefeito Walter Rosário anunciou o piso que traria orgulho para o povo de Heliópolis: 6 reais a mais que o estabelecido pelo Ministério da Educação. Muitos professores, por força do entusiasmo somado à falta de informação, pensaram que o piso para as 25 horas seria de 1030 reais e saíram eufóricos da câmara. A mesa da reunião foi composta por vereadores que sustentam o governo na Câmara e comandada pelo vereador Mendonça. A única coisa que ficou pendente foi o piso para o servidor público, que teria solução no mês seguinte. Um substitutivo será enviado nesta segunda-feira para a Câmara Municipal com o indicativo de urgência urgentíssima.
A nota triste foi o gesto de descortesia do vereador Mendonça e do prefeito Walter Rosário. A vereadora Ana Dalva estava presente à reunião e não foi sequer anunciada. Eles ainda tratam a coisa pública como deles. Não se pode pensar que estão mudando. Imaginar estes dois senhores como membros republicanos de uma sociedade democrática é sonhar demais. Além de péssimos agentes públicos, deram demonstrações inequívocas de que foram malcriados ou não seguiram bem as orientações dos pais. Só em Heliópolis, e com pardais no poder, um representante do povo, na própria casa do povo, é ignorado completamente. Nem na época do finado ACM.
SINDHELI cresce
Quem apostou no sepultamento do SINDHELI perdeu. Apesar do marasmo em que se encontrava, principalmente após a eleição dos atuais agentes públicos, parece que encontrou o caminho do crescimento. Segundo o professor Quelton, já há 25 novos sindicalizados, só de Janeiro para cá. O segredo é simples: sindicato é para lutar por melhorias para seus associados e não comitê de grupo político. Na manifestação dos professores, por exemplo, 90 % dos participantes votaram na atual administração. Pode não ser uma transformação profunda, mas já é uma melhora significativa.
O beija-mão
Sabemos que muita gente detesta ter seus defeitos divulgados, mas o comportamento de uma coordenadora, ligadíssima ao SINDHELI, rasgando falsos elogios ao presidente da câmara está chamando atenção. É quase um beija-mão. Até o vereador está se sentido constrangido. Tudo demais é sobra. Também há um ex-vereador que onde estiver o prefeito ele está, mesmo que não tenha sido convidado. Nesse último caso, envolve questões relacionadas com empréstimos bancários, adicionais de salários e negociação política com a coisa pública. Heliópolis é pequena e todo mundo se conhece.
Perseguição continua
O prefeito não disse nada a respeito do inoportuno projeto de lei que altera dispositivos do Regimento Jurídico, com o fim único de perseguir o trabalho desenvolvido pelo SINDHELI. Desde que foi fundado, 3 servidores da direção são dispensados de suas funções no município para gerenciar o sindicato. Agora o prefeito só quer apenas 1. Indiretamente, querem vingança contra os professores Claudiano, Gilvan e Quelton. Se aprovado, vão ter os três que disputar no carteado ou no zero-ou-um.