O ex-governador Paulo Souto chegou a Heliópolis por volta do meio-dia deste domingo, 7 de março. Estava acompanhado do ex-prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo, do ex-prefeito de Salvador Antonio Imbassay, do deputado Heraldo Rocha, Líder da oposição na Assembléia Legislativa, do deputado Luís de Deus, do Deputado Federal José Carlos Aleluia, dos prefeitos Agnaldo (Antas) e Bebé (Adustina), além de vereadores, ex-prefeitos e inúmeros pré-candidatos. Liderava o evento o atual presidente do Democratas de Heliópolis e ex-candidato a prefeito Gama Neves. O local foi a Câmara de Vereadores de Heliópolis. Prestigiaram o evento a vereadora Ana Dalva (PPS) e o vereador Valdelício Dantas da Gama (PSDB).
Percebi o quanto o poder faz falta. Sem citar nomes, muitos pareciam peixes fora da água. Fazer política de oposição não é brincadeira. Imaginem o desafio que é para o ex-governador Paulo Souto, oposição pela primeira vez, praticamente. A jornada é longa. Quem estava tranquilo era Gama Neves. Este usou o evento muito bem. Trouxe a cúpula do que restou do carlismo, exceto os Magalhães, mostrando seu prestígio no grupo. Faz o jogo certinho, sem alarde e sem rancor, mesmo depois de ser abandonado pelos Pardais. Conseguiu até convencer que a vereadora Ana Dalva fosse ao evento, mesmo sabendo da quase impossibilidade de ela votar em Paulo Souto, pelo menos no primeiro turno. Gama está juntando os cacos, também pensando em 2012.
Não pude deixar de notar as ausências de Zé do Sertão e da vereadora Naudinha (PSDB). Também não havia nenhum membro da administração municipal. Não custa lembrar que o grupo dos Pardais sempre foi ligadíssimo ao carlismo. Zé do Sertão nasceu na oposição, mas a atual cúpula do PC do B e parte considerável do PT eram células institucionais do tronco ARENA/PDS/PFL. Poderiam, pelo menos, comparecer como um gesto de gentileza. Afinal, tratava-se da institucionalização do diretório de um partido político, nesse caso o DEM. Acredito que Paulo Souto percebeu um outro cenário e deve estar torcendo para que Geddel não corra da luta. Afinal, o governador Jacques Wagner se sustenta hoje nos mesmo pilares do carlismo de outrora.
Depois de vários discursos com críticas a Wagner e ao prefeito, já que Lula foi estrategicamente poupado, os oradores, inclusive Paulo Souto, apresentaram uma Bahia anterior bem melhor que a atual. Como estratégia também, o líder morto, Antonio Carlos Magalhães, foi praticamente esquecido. O palco está montado. O DEM quer renascer das cinzas. Como ninguém é de ferro, ao final, foram para a fazenda de Ildinho de Miguel, na Vaca Brava, dar um bom fim à cerveja e ao churrasco. E viva a democracia!