Landisvalth Lima
Rui Costa |
Li na Tribuna da Bahia, neste 25
de janeiro, a reportagem de Fernanda Chagas onde se vê a mobilização de Rui
Costa para ser o escolhido de Wagner como sucessor no governo baiano. Lá diz
que o deputado do PT sai na frente e visitará mais de setenta municípios com o
fim de ganhar musculatura na luta pela indicação do PT e que a disputa para
suceder o governador Jaques Wagner em 2014 ganha cada vez mais força na base
aliada, e em especial no PT, cujo próprio líder petista afirmou que a sigla
possui legitimidade e precisa acelerar o processo rumo à vitória. E, sem
dúvida, articulações não têm faltado neste sentido, assim como nomes.
A reportagem afirma que estão no
páreo o secretário da Casa Civil, Rui Costa, tido como o preferido do
governador, o senador Walter Pinheiro, cuja experiência política é bastante
lembrada, e ainda outros avaliados como de menos peso, como o secretário de
Planejamento Sérgio Gabrielli, o ex-prefeito de Camaçari Luiz Caetano, assim
como a ex-prefeita de Lauro de Freitas Moema Gramacho. Ainda o texto afirma que
em meio à busca por espaços e, consequentemente, futura densidade eleitoral,
por exemplo, não passou despercebido o anúncio por parte de Rui Costa de que a
partir desta sexta-feira (25/1) os membros do Comitê Estadual para Ações de
Convivência com a Seca, coordenados por ele, farão reuniões técnicas nos
territórios de identidade atingidos pela seca. Em dois dias visitarão, pelo
menos, 74 cidades. A largada será dada pelos 36 municípios dos territórios
Médio Rio de Contas e Vale do Jiquiriçá. O debate está marcado para acontecer
em Jequié, no receptivo de eventos Buffet Marlene Marinho, das 8h às 17h.
A meta, conforme Rui Costa,
segundo a reportagem, é apresentar as medidas de convivência com a seca e
receber as demandas de cada prefeito. “Faremos um atendimento direto aos
prefeitos. O objetivo é acompanhar a situação dos municípios e otimizar as
ações. Será um momento para sanar dúvidas, diagnosticar demandas e dar orientações”,
disse o secretário. O encontro itinerante terá uma segunda reunião, quando
secretários municipais de Agricultura, Assistência Social e Infraestrutura
terão orientações técnicas das empresas e secretarias estaduais. Eles vão se
reunir no auditório Waly Salomão, da Universidade Estadual do Sudoeste da
Bahia. A segunda reunião itinerante do comitê reunirá os prefeitos dos 38
municípios distribuídos nos territórios Semi-árido Nordeste II e Sisal, no dia
5 de fevereiro, em Tucano. O terceiro encontro será em Jacobina, no dia 19 de
fevereiro, e reunirá prefeitos dos territórios Piemonte da Diamantina e
Piemonte Norte do Itapicuru.
O texto completa dizendo que as
movimentações não se restringem apenas ao titular da Casa Civil. A ida de José
Sérgio Gabrielli à China como um dos principais integrantes da comitiva oficial
do governador também rendeu muitos comentários. Aliados de primeira hora não
deixaram de pontuar que os investimentos assegurados na viagem podem ser
revertidos em bons frutos na sucessão estadual. Nenhum, deles, entretanto, se
intitulam como candidatos. Rui Costa, em entrevista exclusiva à Tribuna, ao ser
questionado sobre o fato de ser o predileto, mais uma vez se esquivou e pontuou
que nunca ouviu Wagner falar isso. “Tem outros nomes, evidente. O governador eu
nunca ouvi falando que tem preferência. Tem vários nomes colocados, então eu
acho que é o momento de todos os nomes que estão colocados nos dedicarmos a
ajudar o governador a materializar todos os planos e ações de governo. Todos os
nomes que têm surgido até agora têm ajudado o governador. Acho que nós teremos,
com certeza, uma chance enorme de fazer sucessão, porque chegaremos lá unidos e
entregando projetos e ações de governo”.
Fato é que o PT perdeu o rumo. Seus candidatos estão escolhendo o caminho do uso da máquina pública para formatar nomes. E só assim o Rui Costa poderá ter seu nome ventilado. O secretário, além de ser um péssimo deputado, é famoso por cortar cabeças de companheiros nesta Bahia de meu Deus, só para satisfazer os seus desejos políticos. Foi o responsável pela eliminação de companheiros históricos com o fim de abrigar ex-governistas ou políticos que outrora eram perseguidores implacáveis de petistas. Com ele, os fins justificam os meios. Está aberta a temporada de negociatas no terreno do vale-tudo!