Não! Definitivamente não é esse o
principal problema enfrentado pelos professores, direção, funcionários e alunos
do Colégio Estadual Professor João de Oliveira – CEPJO – na cidade de Poço
Verde, Sergipe. Entretanto, ouso dizer que é o mais representativo da saga pela
qual passou a população sergipana com o tratamento dado à educação pelo suposto governo do emedebista Jackson
Barreto. Pasmem! A escola está sem botijão de gás desde antes do início da Copa
do Mundo. Mesmo a merenda sendo recebida pela escola regularmente, não há como
fornecer lanche aos alunos todos os dias.
As merendeiras fazem malabarismos.
Vez em quando ofertam maçã ou suco com biscoito, mas há limites. O comum mesmo
é não ter a merenda e não precisamos aqui dizer o quanto isso faz falta,
principalmente nos alunos que não possuem condições para lanches particulares. Inclusive,
as merendeiras alertam para uma quantidade significativa de produtos que podem
ir para o lixo se o problema não for resolvido. Até mesmo o cafezinho financiado
pelos professores tem que ser feito na casa da avó de uma funcionária. O distribuidor
até que forneceu alguns botijões além do que havia no contrato. Acontece que há
três meses não há pagamentos. Muitos chamam de ressaca do governo Jackson
Barreto, mas não deixa de ser também incapacidade do atual governo.
Lembro-me muito bem quando o
Promotor de Justiça convocou os professores e disse em alto e bom som que a
escola sem aprovação total dos alunos era uma escola falha e ineficiente. Isso
para justificar a criação do PIA – Programa de Intensificação da Aprendizagem.
Na prática, foi mais uma avaliação forçada, sem provas ou testes, colocando nas
costas do professor as consequências de uma reprovação em grande escala. Até
agora o mesmo Ministério Público não se manifestou. Dizem que o MP precisa ser
provocado. Estamos fazendo isso com essa postagem. Será que agora vão inventar
que estomago vazio é benéfico para a aprendizagem?