“Dia D” em Heliópolis alerta para Chikungunya e Zika Vírus
Com a chegada do verão
sabemos que é extremamente necessário a prevenção para conter o Aedes aegypti, que
é conhecido aqui no Brasil como o mosquito da dengue, pois esta era a doença
que transmitia com sua picada. O verbo em questão está no passado não é porque
finalmente conseguimos nos livrar desde mal, mas sim porque nos últimos meses
temos visto diariamente nos meios de comunicação que, além da dengue, podemos
também contrair a Chikungunya e o Zika vírus.
Pensando no melhor para
a população, a coordenadora sanitária Andrea de Morais Carneiro propôs um
projeto com imediato apoio da Prefeitura Municipal de Heliópolis, Secretaria da
Saúde, Governo do Estado, Vigilância Epidemiológica e os demais funcionários
ligados na área da saúde deste município. Foi organizado então, na manhã de quinta-feira
(03), uma caminhada para alertar a comunidade contra a dengue denominada como o
“Dia D”. Contaram com um carro de som que, além de animar, também informava ao público
que estava presente. Houve a distribuição de folhetos contendo os sintomas
causados por cada uma dessas doenças provocadas pelo mosquito da dengue.
Durante a trajetória,
contou-se com a participação das escolas Castro Alves e Waldir Pires, apesar de
que todas as escolas do município tenham sido convidadas. Os que apoiavam o
evento estavam vestidos com camisas de cores diferentes: amarela, agente de
epidemias; azul, agente de saúde; verde, motoristas e branca, os funcionários
ligados à área da saúde.
A saída foi do colégio
Waldir Pires às 10 horas, indo pela avenida Helvécio Pereira de Santana, dando
a volta na Praça da Igreja, passando pela Herculano Barbosa até chegar ao seu
destino final, a Secretaria de Saúde. A passeata durou cerca de meia hora. Andrea
Carneiro explicou ao Landisvalth Blog com mais detalhes o porquê desta empreitada,
e como podemos prevenir. “Na verdade, a caminhada é uma conscientização da
população de que precisa eliminar o foco do mosquito que está transmitindo 3
tipos de doença, agora não é só mais a Dengue, também tem a Chikungunya e a Zika.”,
relatou.
Andreia explicou que “a Zika, na verdade, está
sendo um problema a nível nacional porque estão apresentando muitos casos de
microcefalia, já associados ao vírus. E a gente não tem uma
real noção do que essa microcefalia vai fazer com essas crianças, que tipo de
déficit elas vão ter, se motor ou cognitivo.” E continuou afirmando que a única
saída que se tem é a eliminação do mosquito, com a tomada de consciência, o que
muitos ainda não têm.
Quem também estava no
evento era a vereadora licenciada Ana Dalva, a secretária de saúde. Como Andrea,
Ana Dalva também mencionou que a comunidade já tem conhecimento do que se deve
fazer para prevenir a expansão do Aedes aegypti em nosso meio, mas relembra que
não se deve acumular água em latas, pneus, vasos; ter cuidado com a caixa
d’agua descoberta, remover folhas e galhos das calhas, prestar atenção ao lixo
e, o principal, não deixar água parada. Somente com a conscientização de cada
um, essa tragédia, que acontece em vários estados do Brasil, será debelada. Ana
Dalva informa que houve apenas um único caso de microcefalia em Heliópolis, de
uma paciente que chegou da região metropolitana de Salvador.
Lamentável é saber que
um evento de saúde pública teve pouquíssima adesão. Fosse uma festa, o público
estava garantido. Dá a impressão de uma certa banalização da morte. Não podemos
deixar de reconhecer que a ideia é excelente, mas a pratica não foi bem
recebida. Os recursos são minguados e não há como fazer divulgação em massa. Muitos
dos participantes não sabiam o que estava acontecendo. O evento teve atraso de
uma hora para aguardar os alunos que faziam prova do PAMEH, o que ajudou um
pouco. Os próximos eventos deverão ser concentrados nas escolas. Se Maomé não
vai à montanha, a montanha vai até Maomé.
Reportagem e fotos de Ana
Lúcia.