Rodrigo Rara
A grande vantagem de uma
candidatura de Situação em relação a uma candidatura de Oposição é a utilização
ostensiva da máquina do Estado, seja pela inauguração de obras (ou de
maquetes), seja pela propaganda oficial maciça a exaltar os feitos do Governo.
Mas todo Carnaval tem seu fim.
Limitado pela Justiça Eleitoral, o último sábado (05/07) foi o derradeiro dia
para este palanque eleitoral financiado com dinheiro público.
No Governo Federal, Dilma Rousseff
fica impedida de inaugurar obras, fazer contratos públicos ou contratar novos
servidores. Justo na hora que a disputa eleitoral reequilibra-se com os
candidatos de oposição recebendo tempo similar de exposição na TV e Rádio, sem
falar na criação de novos fatos políticos favoráveis a Oposição como, por exemplo,
a divisão do palanque de Dilma no Rio Janeiro, terceiro maior colégio eleitoral
do país.
Na Bahia a situação é ainda mais
dramática. Fizeram um programa eleitoral travestido de publicidade oficia
colocando um ator "cara-crachá" de Rui Costa para apresentá-lo e até
jingle de campanha (ninguém me convencerá o contrário) fizeram para embalar o
absurdo. Era francamente impossível assistir 10 minutos de TV ou Rádio sem
ouvir o "Mais pela Bahia, mais pelos baianos".
E qual foi o resultado disso
tudo? O candidato e mui amigo do Governador Wagner em terceiro lugar nas
pesquisas e uma debandada de lideranças políticas do Interior para os braços da
candidatura de Oposição.
Com um tempo de TV semelhante ao
dos seus opositores (há anos fora do poder), uma enorme desvantagem nas
pesquisas e uma aparentemente insuperável impopularidade do Governo, atestada
em diversos eventos públicos, Rui Costa parece estar perdendo as condições de
ser candidato.
Mas agora, companheiro, acabou o
milho.
Rodrigo Rara é estudante de
Direito da UFBA e milita no Democratas desde 2010.