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Revista Veja detalha tudo sobre o Mensalão


A Revista Veja, em seu portal, traz um amplo estudo sobre a essência do Mensalão, que consistiu em um esquema bem simples de entender: desvio de recursos para a compra de apoio político e pagamento de dívidas. Conforme acusa a Procuradoria-Geral da República, a quadrilha que operou o Mensalão estava organizada em três núcleos: o político, do então ministro José Dirceu e dirigentes petistas de sua confiança; o operacional, de Marcos Valério e sócios; e o financeiro, composto pela cúpula do Banco Rural. Entenda o papel de cada membro da quadrilha, segundo a denúncia aceita pelo STF. Veja também detalha como os 38 réus do Mensalão se defenderam das acusações feitas pela Procuradoria-Geral da República. Conheça os crimes que lhes são imputados e confira a íntegra de suas alegações finais, apresentadas ao Supremo Tribunal Federal no ano passado.
Um aperitivo: Zé Dirceu
O QUE FAZ HOJE
Atua como consultor de empresas – e utiliza sua influência em Brasília para garimpar informações sobre a administração federal, matéria-prima de sua bem-sucedida carreira no mundo dos negócios.
ACUSAÇÃO
De acordo com a denúncia, Dirceu foi o mentor do esquema de compra de votos e, utilizando-se de sua posição no governo e da liderança que exercia sobre o núcleo político, foi quem determinou as ações necessárias para o sucesso das operações. Em resumo, o chefe da quadrilha, segundo a Procuradoria-Geral da República.
CRIMES
Corrupção ativa e formação de quadrilha
EVIDÊNCIAS APONTADAS PELA PROMOTORIA
Em seu depoimento, Marcos Valério contou que, segundo Delúbio Soares, o então ministro José Dirceu e o então secretário do PT Silvio Pereira tinham conhecimento e davam garantia aos empréstimos que seriam forjados entre as empresas do publicitário e o partido. Em seu depoimento, Roberto Jefferson disse que todos os acordos entre os partidos tinham que ser ratificados pela Casa Civil de José Dirceu, "presidente de fato " do PT. Para a Procuradoria-Geral da República, uma das mais relevantes evidências do envolvimento de Dirceu é uma reunião realizada na Casa Civil entre Dirceu, Marcos Valério, Delúbio Soares e o presidente do Banco Espírito Santo no Brasil, Ricardo Espírito Santo. Antes desse encontro, Marcos Valério, Rogério Tolentino e Emerson Palmieri – também integrantes de quadrilha – haviam feito uma viagem a Portugal para se reunir com o presidente da Portugal Telecom, Miguel Horta. O objetivo da comitiva era conseguir recursos para cobrir dívidas do PT e do PTB. Durante as conversas, foi levantada a possibilidade - não concretizada - de a Portugal Telecom fazer uma doação de 8 milhões de euros. José Dirceu acompanhou as negociações do grupo Portugal Telecom, com a intervenção do Banco do Espírito do Santo, para a aquisição da Telemig. Outro fator que denuncia a relação entre Dirceu e Marcos Valério são os favores concedidos pelo publicitário ao ex-ministro. Valendo-se de sua influência junto aos bancos Rural e BMG, Valério atendeu a interesses da ex-mulher de Dirceu, Maria Ângela Saragoza, que queria vender seu imóvel, obter um empréstimo e arrumar um emprego.
O QUE DIZ EM SUA DEFESA ZÉ DIRCEU
A defesa de Dirceu alega que não há qualquer prova de seu envolvimento no esquema. Aliás, segundo os advogados de Dirceu, nem sequer foram encontradas evidências que comprovassem o mensalão: "os deputados supostamente corrompidos já apoiavam o governo". Diz também que: o ex-ministro não se envolveu com as questões financeiras das alianças partidárias; que a versão de Roberto Jefferson está isolada no conjunto das provas; que Dirceu não tinha ingerência nas nomeações; que não intercedeu em favor de sua ex-mulher; que é comum que um ministro receba 'representantes de instituições financeiras ou empresas'; que não tem vínculo com Marcos Valério, nem responsabilidade pela reunião realizada em Portugal.
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