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Neópolis - Cidades do Velho Chico - 31

Eu, Ana Dalva, Maria Andrade e as ameaças de morte!


                            Landisvalth Lima
Maria Andrade e Ana Dalva no Sapé
É provável que nesta sexta-feira, 23, antevéspera de Natal, a Procuradora da Comissão de Direitos Humanos de Cícero Dantas, Maria Andrade, que é também professora efetiva do município de Heliópolis, notifique ao delegado do município de Fátima, que responde pela Delegacia de Heliópolis, que está sofrendo ameaças de morte. É provável também que, em data posterior, Maria Andrade, a vereadora Ana Dalva, membros da Comissão dos Direitos Humanos e este blogueiro tenham um encontro em Salvador, se possível com o Secretário de Segurança Pública, para por um fim às constantes ameaças que estes são vítimas nos últimos anos.
Já é sabido de muitos que a vereadora Ana Dalva sofre constantes ameaças. É verdade que são todas covardes, mas já estão irritando. A minha vida já foi vasculhada em Serrinha, Salvador, Aracaju e Ribeira do Pombal. Onde morei, sempre apareceu um olheiro para tentar encontrar um senão. As pressões são inúmeras. Tentaram primeiro com dinheiro, depois com ameaças. Processaram-me oito vezes e este blog está censurado. Agora, querem intimidar Maria Andrade e o pessoal da Comissão dos Direitos Humanos, principalmente após a visita feita ao povoado Sapé, onde encontraram inúmeras irregularidades na escola.
Esta semana a vereadora Ana Dalva esteve também na escola da localidade de Maria Preta. As condições são as mesmas. Logo após a visita, Maria Andrade recebeu as ameaças. Permita-me o leitor omitir certas informações. É que nós queremos pegar o valentão ameaçador e não vamos mostrar suas pegadas. Pode ser até que não tenha sido obra de nenhum político. Pode ser coisa apenas de um vassalo em algum cargo comissionado, crente de que está dando uma grande contribuição ao grupo político encastelado no poder. As coisas nunca chegam de forma nítida. Vem com um “cuidado, Professor! Não saia por aí sozinho à noite!”. Ou: “Ana Dalva, minha filha, cuidado que tem gente que não está gostando muito de você não!”. Sem falar nos telefonemas para os nossos celulares com ameaças.
A ameaça a Maria Andrade foi mais contundente porque deu detalhes inclusive de lugares em que ela costumeiramente vai certos dias da semana. Ana Dalva chegou a ser seguida durante vários dias por um veículo Uno. A coisa só parou depois que ela prestou queixa. Quando Maria me telefonou contando detalhes, disse a ela: “Seja bem vinda ao mundo dos ameaçados!”. Aconselhei-a a dar queixa e vamos ao Secretário de Segurança Pública. Não é possível, em pleno século XXI, depois de rompermos barreiras colocando um operário no poder, depois de elegermos uma mulher como presidente, supostos políticos decadentes ficarem por aí ameaçando pessoas porque não querem ser fiscalizados.
Estes calhordas, canalhocratas, vassalos decadentes, vermes políticos, carniças humanas, trapos ideológicos e outras desgraças humanas são covardes. Seria tão simples admitir o erro, aceitar a ideia de que errou, pedir desculpas e tomar as providências necessárias. Foram eleitos para resolver problemas e não para esconder o lixo debaixo do tapete. Até fica difícil dizer que são políticos propriamente ditos. O político mesmo tem a capacidade do diálogo. Cede um pouco aqui, conquista algo ali e vai seguindo. Ficar zangado com aqueles que fiscalizam é admitir não querer governar em estado democrático. Ameaçar opositores é confissão de incompetência. Sem o contraditório não há democracia. Se querem colocar em prática a sanha do “nasci pra mandar”, vão criar gado. Porque, segundo Geraldo Vandré, “gado a gente mata, ferra e prende, mas com gente é diferente!”.