Paulo Souto e Geddel lideram pesquisa na Bahia. (Foto-montagem: Landisvalth Lima) |
O portal Bahia Notícias divulgou
neste sábado a mais recente pesquisa sobre o cenário político da Bahia e
mostrou que o desastre da administração do PT fez renascer velhos nomes da
política estadual. Quem imaginava que ACM Neto, uma espécie de carlismo
repaginado, seria candidato, apostou num meio termo: um pé no passado e outro
no futuro. Com a desistência do prefeito de Salvador, a população, para se livrar
do PT, aposta em Paulo Souto ou Geddel, pelo menos até aqui. O candidato tirado
do bolso do paletó de Jaques Wagner, Rui Costa, mesmo com toda máquina
governamental trabalhando para fazer o seu nome, não consegue sair do chão e
não comoveu nem mesmo o próprio PT, que ainda vê o senador Walter Pinheiro como
o melhor nome do partido. A pesquisa para governador da Bahia, realizada pelo Instituto
Séculus em parceria com o Bahia Notícias, mostra uma corrida com a oposição na
liderança com certa tranquilidade. Dois cenários pré-definidos foram colocados
para o eleitor opinar, um com o ex-governador Paulo Souto (DEM) como candidato
da oposição, e o outro com o presidente do PMDB na Bahia, Geddel Vieira Lima,
no mesmo posto. Os outros nomes são aqueles já definidos: o chefe da Casa Civil
e candidato da base governista, Rui Costa (PT) e a postulante do PSB, senadora
Lídice da Mata.
No primeiro universo, Paulo
Souto aparece com larga vantagem, com a preferência de 40,8% dos entrevistados.
Logo depois vem Lídice, com 12,2%. Em terceiro está o petista, com 10,1%. Os
que ainda não sabem ou não opinaram somam 25,2% e aqueles que não votariam em
nenhum dos três totalizam 11,4%. No segundo cenário aparece o motivo para a dor
de cabeça do prefeito ACM Neto (DEM), que teria até dito a Geddel que o
ex-ministro seria candidato, mas ouviu de Souto – melhor nas pesquisas internas
– que a chama tinha reacendido. O peemedebista lidera a disputa no
levantamento, com a preferência de 23,7% dos pesquisados. No entanto, a
pontuação dele é quase metade da atingida pelo democrata, além do fato de que
os adversários crescem. Lídice continua em segundo lugar, agora com 15,2%. Rui
Costa passa para 13,7%. Sobe também o número de indecisos – que não sabem ou
não opinaram – com soma total de quase 29%. Não votariam em nenhum dos três
18,2% dos pesquisados.
O eleitorado baiano também
participou da modalidade espontânea, quando não é dada nenhuma opção e o
consultado escolhe o nome que preferir. O prefeito ACM Neto (DEM) aparece como
o mais lembrado, com 13,5% das intenções de voto, apesar de já ter se colocado
fora da disputa. Em segundo vem o governador Jaques Wagner (PT), com 11,4%,
mesmo com o fato de não poder tentar nova reeleição. Logo depois vem Souto
(4,5%). Geddel aparece mais atrás, com 2,8% da preferência. O peemedebista
ainda garante que a oposição pontue mais que Rui Costa (2,5%). A partir daí, o
cenário mostra novidades. O senador Walter Pinheiro (PT), que perdeu a
indicação para o chefe da Casa Civil de Wagner, pontua melhor com 3,3%. O
vice-governador e pré-candidato ao Senador, Otto Alencar (PSD), também sai na
frente de Rui, com 2,7%. O presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo
(PDT), que queria concorrer para governador e agora luta para ser vice, surge
com a preferência de apenas 0,8% dos entrevistados, empatado com o nome
especulado para vice na chapa da oposição, João Gualberto (PSDB). O inusitado é
que ambos ficam atrás do apresentador Zé Eduardo (Bocão), escolhido por 0,9%, e
também do prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo (PSDB), com 1,3%.
Já no cenário nacional, a
presidente Dilma Rousseff (PT) vence tranquilamente a eleição na Bahia, ainda
no primeiro turno. Ela aparece com 54,2% das intenções de voto, contra 13,2% do
pré-candidato tucano, o senador Aécio Neves (PSDB-MG). O governador de
Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) soma apenas 6,5%. Não opinaram ou não souberam
responder 13,4%. Já 12,3% disseram que não votariam em nenhum dos três. A
pesquisa Séculus/Bahia Notícias foi realizada entre os dias 2 e 6 de fevereiro,
com 2 mil 290 pessoas, de todas as classes sociais, sexos e áreas de atuação.
Foram entrevistados eleitores de 72 cidades baianas, em 26 territórios de
identidade. A margem de erro é de 3,9 pontos porcentuais.