Eliana Calmon |
A corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ),
ministra Eliana Calmon, afirmou que as penas contra juízes envolvidos em
corrupção “têm de mexer no bolso” deles. Segundo a corregedora, que é baiana,
as penalidades devem incluir multas e a devolução de valores que forem obtidos
pelos magistrados com a venda de sentenças ou outros atos ilegais. Eliana, que
causou polêmica ao afirmar que há “bandidos escondidos atrás da toga”, defendeu
a reformulação das punições para juízes e desembargadores após o encerramento
da reunião anual da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de
Dinheiro (Enccla), evento ocorrido neste sábado (26), em Bento Gonçalves (RS).
“Se há um patrimônio incompatível com a renda, com a suspeita de receber um
valor ‘x’ em um processo, devolva”, afirmou a corregedora sobre a venda de
sentenças. Fazem parte da Enccla mais de 60 instituições do Executivo,
Legislativo, Judiciário e da sociedade civil, entre eles o CNJ. A ministra
corregedora lembrou que atualmente a pena máxima prevista para magistrados é a
aposentadoria compulsória. “Hoje em dia, aposentadoria não é mais punição”,
destacou.