Mark Post e sua carne de laboratório |
Cientistas tentam criar formas de atender à demanda de consumo de carne
mundial com a produção de similares criados de forma artificial. A carne de
laboratório é fresca e não vem de um animal vivo, mas é diferente de imitações
e de substitutos do produto natural --como é o caso das proteínas vegetais
feitas de soja. O primeiro laboratório em Londres capaz de fabricar não apenas
carne nessas condições, mas especificamente hambúrguer, afirma o biólogo Mark
Post, da Universidade de Maastricht, na Holanda, custaria 250 mil euros
(aproximadamente R$ 600 mil). Ele espera apresentar o produto em breve.
"Acredito que possa fazer isso ainda neste ano", disse Post em
entrevista por telefone à agência de notícias Reuters.
A técnica do biólogo utiliza células-tronco retiradas de pedaços de
carne que depois são alimentadas com um coquetel de açúcares, aminoácidos,
lipídios, minais e outros nutrientes. Post já obteve uma tira de músculo de
cerca de 2,5 cm. Ela é sem cor, uma vez que não há sangue envolvido no processo
de produção, e poderia formar, com várias camadas, uma carne de hambúrguer,
acredita o pesquisador. Segundo a Organização de Saúde Mundial, a produção de
carne deve aumentar de 218 milhões de toneladas (1997-1999) para 376 milhões de
toneladas até 2020.
Informações da FOLHA DE SÃO PAULO.