O ex-presidente Lula só o chama de “Galego”, apelido dos
tempos de militância sindical. Já a presidente Dilma Rousseff lhe reserva o
tratamento carinhoso de “Jaquinho”. A intimidade com Lula e Dilma fez do
governador da Bahia, Jaques Wagner, um personagem privilegiado da política
nacional. Em entrevista exclusiva à ISTOÉ, ele garante que a presidente levará
adiante a faxina ética. “Dilma está deixando claro que o código de conduta dela
é extremamente restrito nesse campo.” Wagner discorda dos que apontam no
governo passado os focos de corrupção, mas admite que Lula, por seu perfil, foi
mais complacente com desvios do que Dilma. “É claro que o presidente Lula, por
ser um homem totalmente da política, acabou sendo mais tolerante com o gênero
humano e seus erros. Nesse aspecto, Dilma tem uma bem-vinda taxa de
intolerância muito grande”, afirma. Para o governador, a reação da base aliada
se deve mais ao corte das emendas parlamentares do que à caça aos corruptos.
“Não tenho dúvida de que, quando as emendas forem liberadas, vai se respirar
muito melhor no Congresso Nacional.” Wagner fala com autoridade. Graças ao bom
trânsito do governador no Palácio da Alvorada, a Bahia tem merecido atenção
especial do Executivo na distribuição de verbas para educação, saúde e
habitação. Recentemente o Estado foi escolhido para sediar duas das quatro
novas universidades federais. Satisfeito com a preferência, ele antecipa que
vai lutar pela reeleição de Dilma Rousseff em 2014. “Percebo que ela está
gostando do exercício da Presidência e certamente sairá candidata.” Em sua
opinião, Lula só vai concorrer se Dilma abrir mão.
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