Não, caro leitor! Não vou estragar seu dia com relatos de
assassinatos! Os meios de comunicação da Bahia estão aí difundindo cada corpo
que cai, de soldados, de bandidos e inocentes, nessa guerra contra o tráfico.
Quero fazer um corte e focar apenas neste nosso Nordeste da Bahia. Todos sabem
que o velho Sorria de Fátima voltou às páginas das análises políticas. Quer ser
novamente prefeito e derrotar Binho de Alfredo. As práticas são as mesmas:
promessas, bazófias e muito óleo de peroba. Ah, claro! Muita cachaça! Fará a
alegria daqueles que já perderam a esperança no futuro e veem no passado uma
saída para glorificarem suas existências. Nada de novo. Este filme já foi visto
e o final nós já sabemos.
Aqui na minha Heliópolis, um passado supostamente glorioso,
mas que ninguém quer repetir, preenche as telas dos celulares, em grupos de
aplicativos de conversas, com ditos elogiosos à sua atuação como um imbatível
administrador! Certamente só figuram os acertos. Não aparecerão os bois
entrando na cidade, fruto da venda de votos; nem uma palavra é dita sobre o
telhado de uma escola malfeita que desabou sobre cabeças de alunos no povoado
Serra dos Correias. E quem se lembra do tal deputado-peru, que ficava
rodopiando na cadeira da Assembleia, saindo sem um projeto, sem um feito de
glória? Até mesmo a Constituição ele queria mudar a seu favor. Insistiu em
candidatar a esposa como sucessora dele na prefeitura e ainda obrigou Paulo
Souto a mentir em público. O fim disso tudo? Hoje não consegue nem mesmo uma
cadeira de vereador. Seu valor como político está no passado, no pouco de bom
que fez, porque ninguém é tão ruim suficientemente que no poder não possa fazer
algo de bom. Na balança do julgamento, os erros, entretanto, são bem maiores que os acertos.
É um preço muito alto a pagar.
Vamos dar uma passadinha em Coronel João Sá, terra que
replica a velha polarização da nossa política entre dois grupos que se alternam
no poder. Quem está no trono de prefeito é Carlinhos Sobral. Digo trono porque
ele parece esquecer da era em que vivemos e se acha acima da Lei porque se vê
como um rei. Está promovendo uma série de perseguições a servidores. Duas
professoras sofrem o pão que o prefeito amassou. Uma delas foi transferida de ofício
e, quando se organizava para começar sua jornada, foi vítima de nova
transferência. E o problema não está com ele. Elas cometeram a blasfêmia de
falar injúrias contra o todo-poderoso! Ousaram ainda não o apoiar ou defendê-lo!
Onde já se viu isso em pleno século 21? Embevecido pelo poder, Carlinhos Sobral
deseja a glória, mesmo não pagando o Piso do Magistério determinado em Lei.
Acaso tivesse feito tudo como manda a regra, nem mesmo assim teria direto às
palmas. Fazer o correto é nossa obrigação, principalmente quando se é eleito
justamente para isso!
Mas o troféu de repetidor de atos do passado vai para o
ex-vereador e último candidato a vice-prefeito na chapa da oposição em Cícero
Dantas. O nome dele parece ser a representação da pequenez política dos nossos
agentes públicos: Nininho! Oficialmente, Nininho de Nedito. Fazendo o papel
correto de vereador, denunciou o prefeito, Dr. Ricardo, apresentando
irregularidades tácitas do alcaide na aplicação do dinheiro público. Como é
comum, fez uma negociata política e hoje está apoiando o prefeito. Em troca,
recebeu uma pasta da municipalidade para chamar de sua. E para provar sua
lealdade ao administrador-mor, está usando os advogados pagos com dinheiro
público de Cícero Dantas para desfazer as denúncias feitas nos processos
abertos contra Ricardo. Quer apagar da história os fatos com a borracha do
mau-caratismo.
Eu já me daria por contente se nossos agentes públicos
parassem de repetir os erros do passado. Não é pecado nenhum fazer da política
uma forma de vida. É possível a cada mandato trazer algo novo para justificar a
confiança do eleitor, mas querer o poder, ou tentar se manter nele, mascarando
feitos de outrora, maquiando ao seu bel prazer a realidade e praticando
comportamentos nada republicanos não são feitos inteligentes. Se tudo isso
acontece e os frutos podres são colhidos, resta-nos entender que os políticos
não mudaram e, muito menos, os eleitores. Nesse caso, haverá sempre um culpado:
a mídia. Para ser mais específico, este que escreveu e pronuncia tal artigo. É
possível até que alguns, tomados pelos efeitos da polarização política,
abandonem a leitura deste blog ou deixem de ouvir ou ver estes relatos. Talvez
até dê um deslike ou deixe de seguir este canal. Provável até que eu seja visto
como o entrave que impede o seu político preferido de chegar onde deseja. Oh! Landisvalth cruel!