Landisvalth Lima
Já não é mais novidade que o PT
jogou sua história na lata do lixo. Diriam os defensores que isso acontece com qualquer
partido ao longo de sua história. Também diriam os experientes que o erro não mata
nenhuma legenda, desde que seus dirigentes percebam a tempo de corrigi-lo. A
solidez de um partido não está em acertar o tempo todo, mas em estar o tempo
todo atento aos erros, vícios e derrapadas, comuns principalmente aos
encastelados no poder. Não persistir no erro, agir sempre com ética e coerência
são ações de recall corriqueiras. O PT insiste no erro. Quando vi o Gabrielli
exigir de Dilma suas responsabilidades na questão da compra da refinaria de
Pasadena, chequei a pensar que o partido acordara. Mas não, foi só uma ação
individual e desesperadora de tentar dividir o fracasso.
Hoje, li o Reinaldo Azevedo, da
Folha de São Paulo, e ele afirma que seja qual for o resultado desta eleição, o
PT começa a sua descida ladeira abaixo. Afirma o colunista: “A arte de demonizar o outro, de tentar
silenciá-lo, de submetê-lo a um paredão moral seduz cada vez menos gente. Ao
contrário: há uma crescente irritação com os estafetas dedicados a tal tarefa.
Se, antes, nas redes sociais, as críticas ao petismo eram tímidas, porque se
temia a polícia do pensamento, hoje, elas já são desassombradas. E se
multiplicam. Os blogs sujos viraram caricatura. A cultura antipetista está em
expansão. E isso, obviamente, é bom.”. Seria melhor ainda se o partido
procurasse usar este momento para fazer uma faxina interna e renascer. Mas acho
que é pedir demais, depois de ver os mensaleiros sendo presos com os punhos
fechados socando o ar!
Prefeito cassado
O prefeito de Barreiras, Antônio
Henrique (PP), teve seu mandato cassado e foi decretada a perda de seus direitos
políticos por determinação da Justiça Federal. O prefeito vai recorrer da
decisão e disse acreditar firmemente que os tribunais superiores lhe darão
razão. “Não houve desvio de um único centavo dos cofres públicos”, afirmou.
Sobre a contratação de empresas de transporte, com fracionamento de despesas,
conforme diz a sentença, o prefeito afirma que, em 2001, período no qual
ocorreram as irregularidades, Barreiras vivia um momento “ímpar”, com a criação
do município de Luís Eduardo Magalhães, o que causou problemas de transporte
dos alunos da região do "Cerradão" e exigiu medidas emergenciais.
Segundo ele, a modalidade licitatória escolhida, carta-convite, resultou em um
gasto anual de R$ 286 mil, em benefício dos estudantes da zona rural. Ainda
sobre a licitação, Antônio Henrique diz que “o juiz entendeu” que o
procedimento deveria ocorrer via tomada de preço.
Eduardo Campos e Lídice da Mata
Lídice, Marina, Eleiana Calmon e Eduardo Campos (foto: Correio) |
O ex-governador de Pernambuco e
pré-candidato à Presidência da República Eduardo Campos (PSB) participará de
eventos no interior baiano na próxima semana, conforme anunciou a senadora
Lídice da Mata (PSB), que postula ao governo estadual. O presidenciável estará
na próxima sexta-feira (2) em Ilhéus, para participar do 13º Fórum de
Comandatuba, encontro de empresários. Já no dia 8 de maio, Campos deverá
participar do ato de devolução simbólica do mandato do ex-prefeito Chico Pinto,
cassado durante a ditadura, em Feira de Santana, ou de um evento no município
de Luís Eduardo Magalhães.
Um rombo de 80 bilhões
A situação da economia brasileira
vai de mal a pior. Nesta sexta-feira (25), o Banco Central anunciou que o rombo
nas contas externas brasileiras extrapolou neste último trimestre e é o maior
desde da série histórica, que se iniciou em 1970. Isso significa dizer que a
diferença entre o que o país compra no exterior foi maior do que o que
conseguiu vender. O montante (déficit) chegou a US$ 25,186 bilhões. O próprio
Banco Central estima que o Brasil deverá encerrar 2014 com um rombo
desfavorável em torno de US$ 80 bilhões. A diferença entre as importações e as
exportações, desse modo, tende a crescer, sinalizando as dificuldades que o
país atravessa na sua economia.
Bancos demitem
Os bancos brasileiros fecharam
1.849 postos de trabalho no primeiro trimestre deste ano. O saldo negativo foi
puxado pelas instituições privadas, que fecharam 2.985 vagas. A Caixa Econômica
Federal, entidade financeira pública, abriu 1.132 empregos e impediu que o
número subtraído fosse maior. Os maiores cortes ocorreram em São Paulo (menos
967 vagas), no Rio de Janeiro (276), no Rio Grande do Sul (260) e em Minas
Gerais (186). As informações estão na Pesquisa de Emprego Bancário (PEB),
divulgada nesta quinta-feira (24) pela Confederação Nacional dos Trabalhadores
do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), em parceria com o Departamento Intersindical
de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Além do fechamento de vagas,
a consulta mostrou também alta rotatividade no emprego bancário. De acordo com
o estudo, as instituições contrataram 8.266 funcionários e desligaram 11.115. O
fato impactou nos ganhos da categoria, já que o levantamento aponta que o
salário médio dos admitidos no primeiro semestre foi R$ 3.129,17, contra R$
5.372 dos desligados.
Informações da Agência Brasil,
Folha de São Paulo, Bahia Notícias e A Tarde.