Amotinados na AL-Ba. (foto: Beto Jr./AH.BN) |
O clima nas dependências da Assembleia Legislativa da Bahia
(AL-BA) é de pânico entre os policiais militares que permanecem amotinados no
prédio há oito dias. O Bahia Notícias apurou que o presidente da Associação dos
Policiais, Bombeiros e dos seus Familiares da Bahia (Aspra), Marco Prisco, já
solicitou aos companheiros grevistas que verifiquem “movimentações estranhas”
da Polícia do Exército, que aumentou o efetivo no cerco ao local. Grevistas
acampados declararam ao BN que cresce o boato de que os militares iriam invadir
as dependências da AL-BA na noite desta terça-feira (7). As especulações
tomaram ainda mais corpo após o secretário estadual da Casa Civil, Rui Costa,
estimar a concordância das demais associações da PM e fim da greve para “até
amanhã [quarta]”, pois haveria uma resistência da Aspra em acatar o acordo.
Outro fato curioso foi o flagrante feito pela reportagem do BN, em que a
aproximadamente 100 metros dali, no teto da sede do Tribunal de Justiça,
atiradores de elite e observadores estão posicionados. O Exército, porém, diz
que o procedimento é “padrão”.
Nenhuma proposta foi aceita
Enquanto o governo opina (e sobretudo deseja)
que a greve dos policiais militares se encerrará até a quarta-feira (8), os
grevistas que acampam na área externa da Assembleia Legislativa da Bahia
cantam: “A greve só aumentou” e “O Carnaval acabou”. Durante a tarde, as tropas
do Exército adotaram nova formação, de modo a aumentar o cordão de isolamento e
reduzir a movimentação das pessoas pelo local, inclusive de profissionais da
imprensa. O efetivo, que era de 850 homens na segunda, já atinge a marca de 1.038
membros das Forças Armadas. Durante boa parte do dia, representantes do governo
e associações de policiais militares estiveram reunidos na residência do
arcebispo Dom Murilo Krieger. Em nota, as entidade militares informaram que a
proposta apresentada pelo governo do Estado não satisfez as aspirações da
categoria, o que desmente declaração feita anteriormente pelo secretário
estadual da Casa Civil, Rui Costa, de que as sugestões haviam tido "forte
aceitação" dos grupos. As associações pedem o pagamento da GAP 4 a partir
de março de 2012 e GAP 5 em março de 2013, a não aplicação de sansões
administrativa, disciplinar ou criminal aos participantes do movimento que não
tenham sido flagrados em práticas contrárias à lei e a ordem, a garantia do
cumprimento das prisões preventivas nas unidades prisionais do Estado
(preferencialmente em presídio militar) e a criação de uma mesa de negociação
para o estudo dos demais itens com a seguinte composição: governo do Estado,
comando-geral da PM-BA e entidades representativas.
Informações do Bahia Notícias.