País cai 41 posições em
classificação de 179 países feita pela organização Repórteres Sem Fronteiras;
aumento da violência e morte de três repórteres justificam queda
estadão.com.br
O Brasil ficou em 99º colocado
em ranking anual elaborado pela organização Repórteres Sem Fronteira. O
resultado deixa o País 41 postos abaixo da classificação feita em 2010, quando
o Brasil ocupava a 58º lugar. A organização afirmou que a queda brasileira foi
a mais acentuada da América Latina e justificou o resultado em função da morte
de três jornalistas no ano passado.
No relatório divulgado nesta
quarta-feira, 25, a organização destacou que o "alto índice de
violência" no Brasil e mencionou a presença do crime organizado e de
atentados contra o meio ambiente como os principais perigos a que os
profissionais da imprensa são expostos. A organização colocou o Norte e o
Nordeste como as regiões mais perigosas para os jornalistas.
O ranking é elaborado há dez
anos e avalia 179 países. Na versão 2011-2012, ficaram nos primeiros lugares
Finlândia, Noruega e Estônia, Holanda, Áustria, Islândia, Luxemburgo, Suiça,
Cabo Verde e Canadá, países que apareceram entre os dez primeiros. Da América
Latina, o Uruguai foi o melhor colocado (32º). A Argentina ficou em 47º e Chile
e Paraguai, em 80º. Depois do Brasil, aparecem Equador (104º) e Bolívia (108º).
Nas últimas colocações ficaram Turcomenistão, Coreia do Norte e Eritreia. Só
por curiosidade, a Alemanha é 18º, o Japão é 22º, A Inglaterra é 28º, Portugal
é 33º, Espanha 39º e Estados Unidos 47º.
Perigo. Na semana passada, a
International News Safety Institute (Insi) colocou o Brasil como o 8º mais
perigoso no mundo para o trabalho da imprensa. A classificação considera o
número de mortes de profissionais. Em 2011, cinco pessoas morreram no exercício
da profissão. Nas primeiras colocações ficaram Paquistão, México e Iraque.