O principal órgão encarregado de fiscalizar o Poder
Judiciário decidiu examinar com mais atenção o patrimônio pessoal de juízes
acusados de vender sentenças e enriquecer ilicitamente, informa reportagem de
Frederico Vasconcelos e Flávio Ferreira, publicada na Folha desta última
segunda-feira. A Corregedoria Nacional
de Justiça, órgão ligado ao Conselho Nacional de Justiça, está fazendo um
levantamento sigiloso sobre o patrimônio de 62 juízes atualmente sob
investigação. O trabalho amplia de forma significativa o alcance das
investigações conduzidas pelos corregedores do CNJ, cuja atuação se tornou
objeto de grande controvérsia nos últimos meses. Associações de juízes acusaram
o CNJ de abusar dos seus poderes e recorreram ao Supremo Tribunal Federal para
impor limites à sua atuação. O Supremo ainda não decidiu a questão.
Presidente do STJ faz lobby por candidatura de cunhada
A escolha de um novo ministro para o STJ (Superior Tribunal
de Justiça) deflagrou uma guerra de lobbies de partidários dos integrantes da
lista tríplice levada à presidente Dilma Rousseff, informa reportagem de Vera
Magalhães, publicada na Folha desta terça-feira. O mais aberto parte do
presidente do tribunal, ministro Ari Pargendler, que é cunhado de uma das
candidatas, a desembargadora Suzana Camargo, do TRF (Tribunal Regional Federal)
da 3ª Região, com sede em São Paulo. Além de Suzana, os desembargadores Néfi
Cordeiro, do TRF da 4ª Região, e Assussete Magalhães, do TRF da 1ª Região,
fazem parte da lista. A Folha procurou Pargendler e Suzana para se manifestarem
sobre evidências de lobby do ministro em favor de sua cunhada, mas nenhum dos
dois respondeu às perguntas até a publicação da notícia.