Se, no mês de julho, a prefeitura de
Macaúbas (sudoeste baiano) usou 60% de todos os recursos da União repassados ao
Hospital Regional do município para pagar a 12 médicos plantonistas contratados
por inexigibilidade de licitação, no mês seguinte a situação se agravou.
Destacado pelo Bahia Notícias, a gestão da cidade, comandada por Amélio Costa
Júnior, o “Amelinho”, repassou, em agosto de 2011, 63% dos R$ 472.796,68
destinados pelo Fundo Nacional de Saúde ao “teto municipal da média e alta
complexidade ambulatorial e hospitalar” a apenas 12 profissionais de medicina.
Foram gastos R$ 11,8 mil a mais que no mês anterior, um total de R$ 296.290,00.
O ato foi publicado na edição do Diário Oficial do Município Nº 595, do dia 5
de outubro. Um dos contratados, Antônio Rodrigues Silva, recebeu R$ 36,9 mil
para trabalhar, segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde
(CNES), por apenas 7 horas semanais. Outro médico, Érico Cardoso de Azevedo,
faz plantão de apenas quatro horas por semana no local e ganha R$ 20,9 mil. Em
termos de comparação, o teto do funcionalismo público, que tem como base o
salário de um ministro do Supremo Tribunal Federal, é de R$ 26,7 mil. Mais uma
vez, o portal BN tentou entrar em contato com a prefeitura de Macaúbas, mas os
telefones não foram atendidos.