Após protagonizar grande
polêmica no meio jurídico e político brasileiro ao afirmar que existem bandidos
"escondidos atrás da toga" no judiciário brasileiro, a ministra
Eliana Calmon (foto), corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), voltou a
público para defender a manutenção de poderes da entidade. Um processo que
tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) da Associação dos Magistrados do
Brasil (Amab) pede que o CNJ perca o direito de fiscalizar os juízes
infratores. Em participação de um evento organizado pelo jornal Folha de S.
Paulo, nesta segunda-feira (17), ela explicou que sua afirmação não foi
genérica, mas reafirmou que há caso de bandidos que tentam se esconder atrás da
Justiça. "Não temos uma sociedade de santos, temos uma sociedade que tem
um esgarçamento moral muito forte", afirmou a corregedora. Segundo ela, o
país tem uma tradição "patrimonialista, o Estado é efetivamente espoliado
sem muito pudor, e naturalmente que o Poder Judiciário não pode ser diferente
dos outros poderes e nem pode ser diferente da sociedade brasileira",
afirmou.
Informações do Bahia Notícias.