A cobrança para devolução de
dinheiro de contratos irregulares de ONGs e governos com o Ministério do
Esporte aumentou 5.020% nos últimos cinco anos, passando de R$ 44 mil para R$
10 milhões, informa reportagem de Dimmi Amora, publicada na Folha desta terça-feira.
Entre as irregularidades apontadas pela CGU (Controladoria-Geral da União),
responsável por analisar os processos, estão compras superfaturadas, entrega de
lanches em quantidades abaixo da prevista e contratação de empresas com sócios
ligados às próprias ONGs que receberam recursos do ministério. Ao todo, 67
convênios do Ministério do Esporte foram considerados irregulares, somando R$
26,5 milhões.
Ministro Orlando Silva, do PC do B. |
O ministro do Esporte, Orlando
Silva, é acusado de participação num esquema de desvio de recursos do programa
Segundo Tempo, que dá verba a ONGs para incentivar jovens a praticar esportes.
A acusação foi feita à revista "Veja" pelo policial militar João Dias
Ferreira. Segundo Ferreira, o ministro teria recebido dinheiro vivo na garagem
da pasta, o que Silva nega. À revista um funcionário do policial, Célio Soares
Pereira, afirmou ter entregue dinheiro ao próprio ministro na garagem do
ministério, em Brasília, no final de 2008. Ontem, em entrevista em Brasília,
Silva negou envolvimento em irregularidades na pasta, que chefia desde 2006, e
defendeu o programa Segundo Tempo.
O Ministério do Esporte
informou por meio de nota que o crescimento dos pedidos de devolução de
dinheiro em convênios irregulares é resultado da fiscalização constante e do
cumprimento da lei. Segundo o órgão, o trabalho é feito em parceria com os
órgãos de controle para "garantir a correta aplicação dos recursos
públicos".
Informações da FOLHA DE SÃO PAULO.