Estamos no mês de março e as
definições políticas para as eleições deste ano ainda não estão fechadas em
Heliópolis. Até onde se sabe, o PCdoB deve votar no candidato do governo, Rui
Costa, e no candidato para o senado, Otto Alencar. A chapa está incompleta.
Falta o vice. Tudo indica que Marcelo Nilo foi rifado. Deve ganhar o João Leão.
Há muita gente apostando que o rapaz de Antas não vai deixar barato para
Wagner, mas há que aposte que Marcelo Nilo não vai fazer nada e marchará com o
governo, jogando sua história de luta na lata dos injustiçados. Logo ele que,
por 16 longos anos, foi nome decisivo na construção dos alicerces onde foram
erguidas as vitórias de Jaques Wagner e do PT. Mas não pensem que o PCdoB de
Heliópolis está fechadinho. Há pelo menos duas exceções: um vereador que não
votará em Daniel Almeida nem que a vaca tussa e outro que, por gratidão, não
poderá votar em Álvaro Gomes.
A grande questão é: como ficarão
os vereadores Zeic Andrade, Ronaldo Santana, José Clóvis, Valdelício Gama e
Raimundo Sabiá? Por este último já se pode dizer que votará com o prefeito. É
possível que Valdelício faça um sanduiche misto entre um candidato do prefeito
e outro do vice. Agora, Zeic é do PTN e Ronaldo é do DEM. Vão ficar com seus
partidos ou seguirão o prefeito? E José Clóvis? Só o tempo dirá. Fato é que o
governo está com os votos fragmentados e não há alinhamento forçado. Afinal,
quem decide mesmo a peleja é o povo. Para aumentar a divisão, o PT, com Zé Guerra,
Antônio Jackson, Renilson podem não seguir o mesmo rumo. São facções
diferentes. Uma coisa é certa: não votarão em Fátima Nunes. Há também uma
dúvida da estrada que percorrerá o ex-prefeito Aroaldo Barbosa. Seria Mário
Negromonte Júnior? E ainda na linha dos ex, Zé do Sertão deve ir de Marcelo
Nilo e o Waltinho do Seu Detinho sairá com a foice e o martelo de Álvaro Gomes
e Daniel Almeida, se é que ainda faz política. E por falar nisso, o ex-prefeito
Genival Nunes ainda vive no mundo político?
Por pouco
Foi por um triz que não aconteceu
a primeira derrota do prefeito Ildinho na Câmara Municipal. E tudo por causa de
um simples projeto de reajuste de diárias. Dois pontos fizeram a oposição
emperrar: o baixo valor das diárias para funcionários comuns e um artigo que dá
ao prefeito, após um ano, o direito de estabelecer os valores das diárias por
decreto. Ana Dalva já havia retirado o projeto de pauta para que o executivo
desse uma melhorada, o que não aconteceu. Só que as Comissões votaram pela
admissão e não encontraram senões. Ana Dalva imaginou ser uma aprovação fácil.
Não foi. José Clóvis faltou e Claudivan foi pela abstenção. Resultado: 3 a 3.
Para não votar a favor ou contra algo que poderia ser melhorado e, diante da
incoerência dos vereadores da oposição, favoráveis nas Comissões, mas contrário
em Plenário, a presidenta resolveu tirar a proposição de novo de pauta. “Até
para ver se melhora um pouco o diálogo entre o Poder Executivo e esta casa.
Estava até bom, mas voltou a piorar.”, revelou Ana Dalva.