Indicado para o MS é investigado pelo MP

Arthur Chioro (PT) já assume ministério encrencado
Parece que o PT adora uma encrenca ou não consegue se livrar de problemas relacionados à corrupção no serviço público. O escolhido pela presidente Dilma Rousseff para comandar o Ministério da Saúde, Arthur Chioro, atual secretário da Saúde em São Bernardo do Campo (SP), é investigado pelo Ministério Público de São Paulo por improbidade administrativa. A promotora Taciana Trevisoli Panagio, responsável pela investigação, apura uma possível violação ao princípio da administração pública, já que Arthur é secretário municipal e sócio majoritário da empresa Consaúde Consultoria, Auditoria e Planejamento Ltda. que, segundo a promotora, presta serviços que confrontam a Lei Orgânica de São Bernardo do Campo. A consultoria, pertencente a Chioro desde 1997, trabalha para diversos municípios, principalmente os sob gestão petista, como Ubatuba e Botucatu. O inquérito civil público foi instaurado em setembro de 2013. A escolha por Chioro foi influenciada pela disputa entre Padilha e o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, pela indicação do futuro titular da saúde. Como de costume, a presidente Dilma optou por uma terceira via com a escolha do secretário. Chioro, que entrará no lugar de Alexandre Padilha, foi responsável pelo Departamento de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, entre os anos 2003 e 2005, quando implantou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Ele é formado em medicina e tem doutorado pela Unifesp.
Além disso, o petista Arthur Chioro é personagem de um episódio rumoroso ocorrido na Bahia, em 2007, quando o agora ex-secretário estadual de Saúde Jorge Solla quis impedir um jornalista correspondente da Folha de S. Paulo de deixar o seu gabinete. À época, o profissional da imprensa ouviu Solla sobre denúncias de que ele teria beneficiado uma empresa francesa da qual Chioro era consultor, a Conseil Santé, em uma licitação com o governo. Munido de documentos – entre eles papéis que apontavam a ligação entre a Conseil Santé e a consultoria de Chioro, a Comsaúde – o repórter foi questionado por Solla sobre o responsável pelo vazamento dos dados, segundo a coluna Satélite, do jornal Correio. O então secretário ainda pediu à Polícia Civil que impedisse a saída do jornalista. Como não conseguiu que o correspondente revelasse a informação, o liberou após três horas. Solla alegou fraude nos papéis e registrou queixa na Delegacia de Crimes Econômicos e Contra a Administração Pública. Chioro e Solla trabalharam juntos no Ministério da Saúde, durante a gestão do petista Humberto Costa. As informações são da Folha de São Paulo e do Bahia Notícias.
Piso do professor: 1.697,00
O governo federal definiu em 2014 um reajuste de 8,32% no piso nacional dos professores da educação básica e causou atrito com a categoria no momento em que Aloizio Mercadante deixa o Ministério da Educação para assumir a Casa Civil da Presidência. Os docentes esperavam de 13% a 15%. Agora, acusam o MEC de ter "maquiado" os dados para o cálculo do índice, previsto em lei, como forma de reduzir o impacto nas contas de Estados e municípios -que pressionavam a União por um percentual menor. Em tese, com o índice, nenhum dos 2 milhões de professores da rede pública poderá ganhar menos do que R$ 1.697 - hoje são R$ 1.567. Uma merreca por 40 horas de trabalho!
Jornada Pedagógica de Cícero Dantas
Nesta terça-feira (21) teve início a Jornada Pedagógica de Cícero Dantas, realizada no pátio do Monsenhor Galvão. A novidade este ano foi a ausência do alcaide e dos edis na cerimônia. Anos anteriores, faziam filas os vereadores, principalmente da situação, para saudar os professores. Como perguntar não ofende, Será que é por conta da redução de direitos que os ilustres representantes não se fizeram presentes? É o ex-vice-prefeito Gilmar Santos que ironiza: “Como se diz lá na roça, quem tem rabo de palha não chega perto de fogo!”. É isso.
Mudança oportunista 
Do portal “Por escrito”, do jornalista Luís Augusto Gomes: “Após mais de 12 horas de sessão, a Assembleia Legislativa acaba de aprovar, por 38 votos a favor e sem a participação da oposição, o projeto de resolução nº 2.240/14, de autoria do deputado Zé Neto, que fixa em 32 o número mínimo necessário de deputados para solicitação de destaque, isto é, votação em separado de artigo ou parágrafo de projeto de lei. O novo texto do Regimento será promulgado pelo deputado Marcelo Nilo e provavelmente publicado no Diário Oficial de quarta-feira, iniciando-se sua vigência, o que permitirá ao governo fazer a votação do orçamento sem que a oposição possa utilizar plenamente o recurso da obstrução. A mudança é uma flagrante violação dos direitos da minoria e será objeto de recurso à Justiça, previamente anunciada pela oposição em caso de aprovação. Deputados oposicionistas chamaram a atenção dos governistas para o fato de que, caso passem para a oposição no próximo quatriênio, não terão autoridade moral para contestar mudanças que a nova situação deseje introduzir.” Vale tudo em fim de governo que nada transformou!