Wagner aceitou proposta do Ministério Público |
O governador Jaques Wagner
afirmou nesta quinta-feira (12) que aceita a proposta oriunda da mediação feita
pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) e pelo Tribunal de Justiça (TJ-BA)
para tentar acabar a greve dos professores da rede estadual de ensino, que já
dura 93 dias. Nesta quinta-feira (12), uma reunião entre representantes da
categoria e do governo não foi acatada pelo Sindicato dos Trabalhadores em
Educação do Estado da Bahia (APLB). “A proposta que a gente tinha na mesa era
de R$ 218 milhões. A mediação propôs a antecipação e a inclusão do estágio
probatório nas promoções. Isso são mais 23 milhões, cerca de 11% a mais do que
estava previsto na primeira proposta. É claro, aquilo que foi proposto por eles
(MP-BA e TJ-BA) eu estou aceitando”, disse Wagner. “Espero que os professores
do Estado entendam o esforço e retornem às atividades na segunda-feira (16)”,
estimou o governador, que ainda prefere “confiar no bom senso e na maturidade
dos professores” para o acordo. Sobre o pedido dos professores de reintegração
e anulação das punições, o chefe do Executivo baiano prometeu rever e analisar
os casos. “Não tem nenhum ânimo aqui de retaliação, então poderia dizer que a
proposta do MP, que pede a não punição, está absorvida pelo governo. Vamos
rever, para não punir nenhum professor simplesmente pela participação na
greve”, prometeu.
Rui não ficou satisfeito |
A proposta apresentada não foi
bem recebida pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do
Estado da Bahia (APLB), Rui Oliveira, que a classificou de "muito
ruim". Ele apontou que a decisão final deve sair na assembleia dos
docentes prevista para a manhã desta sexta (13).O presidente do Sindicato dos
Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), Rui Oliveira, considerou a
proposta apresentada pelo Ministério Público Estadual no encontro com o governo
estadual nesta quinta-feira (12), “muito ruim”. A intermediação era uma
tentativa de encerrar a greve dos professores, que já dura 93 dias. “Se
depender do comando de greve, o movimento continua. Mas a decisão será tomada
nesta sexta (13) na assembleia, às 10h”, apontou Oliveira, em conversa com o
Bahia Notícias. A reunião teve início nesta quinta, por volta das 14h, e teve a
participação do procurador-geral de Justiça, Wellington Lima e Silva, dos
secretários Osvaldo Barreto (Educação) e Manoel Vitório (Administração), que
levaram a tentativa de conciliação à Governadoria, para apreciação do
governador Jaques Wagner. Conforme o titular estadual da Comunicação, Robinson
Almeida, Wagner e os secretários acataram a proposta do MPE, que anteciparia
vantagens propostas pelo governo e resultaria em um aumento de aproximadamente
R$ 23 milhões nas despesas da máquina estadual. Além disso, foi consentida a
sugestão de não haver punição aos integrantes do movimento grevista. "O
mais importante é que os estudantes retornem às salas de aula", pontuou
Almeida, em entrevista ao BN. Nesta quarta (11), o governador apresentou ao MP
a proposta de reajuste para os professores, além de informações complementares
sobre o Fundeb e as planilhas com aplicação das promoções. De acordo com
Wagner, além dos reajustes salariais concedidos à categoria este ano, com
variação de 6,5% a 11,5%, o governo se propõs a conceder aos professores
licenciados, em novembro de 2012, promoção por meio de curso, com ganho de 7%,
e em abril de 2013, nova promoção, também com ganho de 7%.
Informações e fotos do Bahia Notícias.
Informações e fotos do Bahia Notícias.