A greve continua! (foto: Tiago Melo) |
Bastaram os primeiros pingos d´água caírem para que os
guarda-chuvas e as mãos subissem. A chuva na manhã desta terça-feira (26) fez
os professores anteciparem o processo, cancelarem a fala de algumas pessoas
inscritas para discursar e a greve da categoria foi mantida em
votação-relâmpago. A decisão foi tomada por unanimidade, embora os
guarda-chuvas abertos impedissem a visão total entre os docentes. Durante o
evento os professores cantaram “A luta é minha, também é sua. Venha para cá,
que a greve continua”. Logo após, os professores, em greve há 77 dias,
reclamaram da “falta de celeridade” do Supremo Tribunal Federal (STF) em julgar
o agravo regimental protocolado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do
Estado da Bahia (APLB) contra a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ),
que suspendeu o pagamento dos salários dos grevistas. Outra queixa da categoria
durante a assembleia desta terça-feira (26) foi a “demora” do Tribunal de
Justiça da Bahia (TJ-BA) em apreciar o recurso contra a ilegalidade do
movimento docente. “Não é possível que sempre que o caso é a nosso favor haja
toda essa demora”, retrucou Marilene Betros, diretora do departamento jurídico
da APLB. A expectativa da entidade sindical, segundo Marilene, é a de que o
agravo seja julgado pelo STF ainda esta semana. A diretora também contou que
promotores do MP têm acompanhado todo o processo de negociação e as medidas
jurídicas adotadas pelo sindicato, que também recorrerá contra o que o
presidente Rui Oliveira chamou de “confisco” de recursos pelo governo, que não
efetuou o repasse de R$ 380 mil que seriam dirigidos à entidade de classe.
Informações Patrícia Conceição e Rodrigo Aguiar, do Bahia
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